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Aids já contaminou 60 milhões em todo o mundo, diz ONU
Das Agências
28/11/2001 | 12:07
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Vinte anos depois da identificação da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids), a doença já causou a morte de mais de 20 milhões de pessoas e a maioria dos 40 milhões de infectados pelo vírus HIV morrerá se não tiver acesso aos tratamentos disponíveis, indica a Unaids.

Em 2001, a Aids matou 3 milhões de pessoas, enquanto mais de 5 milhões foram infectadas, elevando para 40 milhões o número de pessoas portadoras do vírus no mundo. Três quartos delas vivem na África Subsaariana, precisa o relatório anual, divulgado esta quarta-feira pela Onuaids e a OMS.

"Cerca de um terço das pessoas que vivem com o HIV tem entre 15 e 24 anos de idade e a maioria não sabe que é portadora do vírus", assinala o relatório.

A Aids é a principal causa de morte na África Subsaariana e a quarta no resto do mundo. Nos países que enfrentam graves problemas socio-econômicos, a doença ameaça o desenvolvimento e a estabilidade social em um nível sem precedentes, segundo a Onuaids.

A África Subsaariana continua sendo a região mais afetada pela Aids no mundo, com 3,4 milhões de novos infectados este ano, o que eleva para 28,1 milhões o número de africanos portadores do vírus. A maioria "não sobreviverá além do próximo decênio", devido à falta de tratamento adequado.

No Norte da África e no Oriente Médio, a epidemia progride lentamente e Sudão e Somália estão entre os países mais afetados. Segundo a Unaids, 7,1 milhões de pessoas são portadoras do vírus na região da Ásia e do Pacífico, número que não inclui Austrália e Nova Zelândia. Cerca de 430 mil pessoas morreram de aids na região em 2001.

Na América Latina e no Caribe, 1,8 milhão de pessoas vivem com o HIV. "Com uma prevalência do HIV em adultos de 2%, o Caribe é a região mais afetada do mundo", destaca a Onuaids. O relatório também dá conta de um aumento dos índices de infecção nos países ricos, que têm acesso aos melhores e mais caros tratamentos, mas onde as pessoas vêm se descuidando na hora da prevenção.

Ainda assim, a Onuaids registra progressos na luta contra a doença. Seu diretor-executivo, o médico Peter Piot, lembra que em Uganda, Zâmbia e Tanzânia houve uma diminuição do número de novas infecções. Ele destaca que no Camboja, um dos países mais pobres do mundo, o sucesso na prevenção representa "uma lição para as demais nações".

No campo político, a sessão extraordinária da Assembléia Geral das Nações Unidas definiu, em junho passado, metas para evitar o agravamento da epidemia, principalmente entre recém-nascidos. Cabe aos governos cumprir esses compromissos, assinala Piot.




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