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Idec vai testar derivados de milho e soja
Do Diário do Grande ABC
15/02/2000 | 17:41
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O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) vai testar 30 produtos derivados de milho e de soja nacionais e estrangeiros. A intençao é começar os testes ainda no 1º semestre.

O Idec também está fechando uma série de acordos internacionais com organizaçoes de consumidores para o intercâmbio de informaçoes sobre produtos geneticamente modificados.

A entidade promoveu nesta terça-feira o seminário "Alimentos Transgênicos: A Realidade Brasileira e o Consumidor Europeu", em Sao Paulo, com a participaçao de técnicos, representantes de governos, iniciativa privada e Ministério Público.

O Idec está se informando com laboratórios para obter testes de detecçao de transgênicos. O objetivo da açao é tomar o papel que o governo tem problemas para desempenhar, de fiscalizaçao.

A ONG está preparando uma jornada de discussoes para 15 de março, Dia Internacional do Consumidor. "A cada ano, as associaçoes internacionais de consumidores propoem um tema, e este ano será o tema dos transgênicos", disse a coordenadora executiva do Idec, Marilena Lazzarini.

Para Marilena Lazzarini, a confusao legal, de legislaçao foi causada pela inoperância do governo federal. "Isso está fazendo com que os Estados se antecipem ao governo", afirmou. Ela disse, no entanto, que desde que a Justiça embargou a utilizaçao comercial de transgênicos no Brasil o Executivo, algumas açoes têm sido feitas tomadas pelo Executivo.

"O Ministério do Meio Ambiente começa a estabelecer normas para o relatório de impacto ambiental (EIA-RIMA) para plantas transgênicas, e o Ministério da Justiça está fazendo consultas para a definiçao de uma lei de rotulagem", disse. "Mas o Ministério da Saúde ainda nao se mexeu para fazer os estudos necessários que comprovem que o alimento é seguro para o consumidor, e isso atrasa a regulamentaçao desses alimentos."

Biotecnologia - Marilena Lazzarini reiterou que o Idec nao é sectário em relaçao ao uso da biotecnologia. "O que acontece é que estes produtos nao oferecem nenhum benefício ao consumidor e têm risco desconhecido", disse.

Segundo ela, a definiçao de que os produtos transgênicos têm "equivalência substancial" com os produtos convencionais, feita pelo FDA (a vigilância sanitária dos EUA), nao é convincente. "Há estudos provando que ainda há muitos riscos desconhecidos."




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