Apesar do adiamento no prazo de fechamento da folha, o calendário de pagamento de todos os servidores, inclusive dos professores, nao sofrerá qualquer alteraçao.
A decisao do governo tem o objetivo de respeitar o acordo firmado com a APP-Sindicato, na última terça-feira, de nao descontar os dias parados se os professores retomarem as atividades normais nas escolas a partir de segunda-feira, com a reposiçao das aulas nao dadas. Se a greve continuar, os dias nao trabalhados durante a paralisaçao serao descontados. 'Vamos aguardar a decisao dos professores para podermos tomar a nossa', esclareceu o secretário da Casa Civil, José Cid Campêlo Filho.
Apesar do prazo para convocaçao exigido pelo estatuto da APP-Sindicato ser de apenas 48 horas, a entidade nao antecipou a assembléia dos professores para esta sexta-feira, conforme havia sido combinado na reuniao com secretários do governo, na terça-feira.
O governo também considera que a APP nao cumpriu o acordo de desmontar o acampamento armado em frente à Assembléia Legislativa, no Centro Cívico, em Curitiba, retirando apenas a maior barraca, erguida pelo Movimento dos Sem Terra (MST).
Negociaçoes - O governo também aguarda uma resposta dos professores para as outras propostas formalizadas desde o último dia 31 de maio e reafirmadas na reuniao de terça-feira passada, na Casa Civil. Entre elas está a implantaçao, já a partir deste mês, dos avanços (promoçoes) que beneficiam, na primeira etapa, 12.400 professores estatutários, com ganhos salariais que variam de 5% a 30%.
A partir de outubro, outros 20 mil professores receberao avanços que vao significar aumentos salariais de 5% a 30%. A rede estadual de ensino tem 47 mil professores em salas de aula.
Em relaçao ao reajuste salarial reivindicado pelos professores, o governo vem reiterando desde o início das negociaçoes a proibiçao determinada pela nova Lei de Responsabilidade Fiscal, que torna nulo os atos administrativos que impliquem em reajustes lineares de salário enquanto o Estado nao reduzir a sua despesa com o funcionalismo a níveis inferiores a 60% das receitas correntes líquidas. O Paraná gasta hoje 68% de sua receita com o funcionalismo.
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