O jogador foi revelado pelas categorias de base do Santo André, onde foi artilheiro da Copa São Paulo de Juniores, em 2000. “Ele sempre teve boa índole. Desde que começou aqui no clube sabíamos que seria uma pessoa vitoriosa em todos os sentidos. Hoje é ídolo internacional. Mas continua humilde. Mora aqui no ABC e sempre faz questão de falar que o Santo André ainda é sua equipe de coração”, afirmou o diretor de futebol do EC Santo André, Sérgio do Prado.
Posteriormente, teve seu passe adquirido pelo empresário Juan Figger, que o emprestou ao Atlético Paranaense pela primeira vez. Após rápida passagem pelo Sporting Gijón (clube da segunda divisão da Espanha), retornou à equipe paranaense, onde conquistou o título brasileiro de 2001. “Nesta época, os diretores do Slavia visitaram o centro de treinamentos do Atlético e assistiram à semifinal da Copa Sul-Minas. Marquei três gols contra o Grêmio, em pleno Olímpico. Resolveram me levar. No começo, relutei. Mas meu procurador deixou bem claro que se não gostasse, poderia voltar na hora”, afirmou o atacante.
Estranho no ninho – O início da odisséia de Adi (como é chamado em Praga) foi complicada. Negro, teve de enfrentar hostilidade e racismo das torcidas rivais. “Nem me importei. Apesar de tudo, acredito que a maior dificuldade foi o idioma. Logo que cheguei, um companheiro de clube que jogou no Atlético de Madri traduzia tudo para mim. Depois de seis meses fazendo aulas, consegui bom domínio da língua. Com isso aumentou o respeito e me enturmei melhor com todos. Hoje dou até palpite nas preleções do técnico”, disse. Dificuldades superadas e respeito adquirido aos poucos, com boas atuações e gols importantes, o atacante, um ano depois, conta com regalias de ídolo no país. Conquista fãs a cada partida e constantemente é tema de reportagens e capas de jornais e revistas. “Mesmo assim, ainda não me considero ídolo aqui. Falta muito”, afirmou. Em relação ao assédio feminino, o atacante é enfático. “Aqui não tem Maria Chuteira, tem Maria Patins. Elas gostam dos jogadores de hóquei e não dos boleiros. Sorte da minha namorada, que está em Santo André, me esperando”, disse.
Em relação a um possível retorno aos clubes brasileiros, o atacante ressaltou. “Meu contrato, em princípio, vai até 2006. Mas gostaria de voltar um dia e jogar num clube grande de São Paulo ou do sul do país”, disse. A fama de Adauto na Europa, porém, já ultrapassou fronteiras. Clubes da França e Alemanha também já cogitam seu futebol.
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