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Árabes investem US$ 22,5 mi em campanha contra Israel
Das Agências
20/06/2002 | 13:52
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Os ministros árabes de Informação decidiram nesta quinta-feira destinar US$ 22,5 milhões a uma campanha informativa contra as práticas israelenses que consideram "racistas".

Com o investimento, pretendem criar "um observatório árabe de informação" encarregado de neutralizar as declarações contra árabes realizadas desde os atentados de 11 de setembro e de produzir programas televisivos em hebraico e inglês dirigidos à opinião pública israelense e internacional, segundo um comunicado difundido depois de dois dias de reunião.

A sede do observatório será em uma capital européia ou em uma cidade norte-americana, disse o secretário-geral da Liga Árabe, Amr Mussa.

O ministro saudita de Informação, Fuad al-Farsi, declarou que seu país vai contribuir com US$ 4,5 milhões, cerca de 20% do custo total do projeto.

Os ministros árabes decidiram lançar "uma campanha nos meios de comunicação árabes contra as medidas de separação racistas adotadas por Israel [contra o povo palestino], como o muro defensivo, o bloqueio [dos territórios] e as sanções coletivas".

Israel começou a construir domingo um muro de proteção ao longo da Cisjordânia, para prevenir atentados palestinos. Outra campanha será destinada a sensibilizar a opinião pública internacional sobre as medidas adotadas "para separar a localidade de Jerusalém de seu entorno palestino e árabe", segundo o comunicado.

Na quarta-feira, os ministros examinaram uma proposta para impedir as televisões árabes de entrevistar os responsáveis israelenses, que ao final porém não foi aprovada.

Segundo o texto final, os ministros fizeram um chamado aos meios de comunicação árabes públicos e privados a destacar em suas informações "o terrorismo de Estado exercido por Israel" e a "rechaçar as tentativas de Israel e dos Estados Unidos de equiparar a resistência palestina ao terrorismo".

Por outro lado, aceitaram criar "uma cadeia árabe via satélite dirigida à opinião pública mundial e norte-americana", sem proibir as televisões árabes da inclusão de dirigentes israelenses em suas programações.

Ministros de 13 países (Arábia Saudita, Bahrein, Egito, Iraque, Jordânia, Líbano, Mauritânia, Omã, Sudão, Síria, Tunísia, Iêmen e Marrocos) participaram na reunião na sede da Liga Árabe, no Cairo.




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