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Inverno limita ações militares dos EUA no Afeganistão
Das Agências
21/09/2001 | 16:14
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O inverno que está para chegar no Afeganitão pode limitar em muito as opções militares dos Estados Unidos, que em breve poderão lançar uma ofensiva contra o terrorismo islâmico. No norte do país, o inverno começa no fim de novembro e cobre de neve as montanhas, interrompendo toda a circulação que não seja a pé ou a cavalo, limitando a capacidade dos satélites de espionagem norte-americanos.

Já no sul, há chuvas torrenciais e o céu encoberto pelas nuvens impedirá a espionagem do inimigo. É exatamente no sul onde o principal suspeito dos atentados terroristas contra os EUA, Osama Bin Laden, instalou numerosos campos de treinamento para seus combatentes da "Guerra Santa".

A temperatura na região já começou a cair consideravelmente na linha de frente que separa os talibãs da oposição, então liderada pelo recentemente assassinado comandante Massud. O céu azul do verão afegão já começa a se encher de nuvens e, às vezes, desaba chuvas intermitentes.

Se os talibãs não entregarem Bin Laden como exigiram os Estados Unidos, os soldados americanos terão de enfrentar o rude clima de até vinte graus negativos nos vales, a neve, a chuva e as montanhas extremamente altas e acidentadas.

Salvo Alexandre o Grande - que ocupou o território para impor a cultura grega -, todos os invasores da região foram derrotados pela geografia e pelo espírito guerreiro da população. Entre eles, os ingleses no século XIX e os soviéticos entre 1979 e 1989. Para aplacar as ameaças dessa geografia, e se pensa enviar seus soldados, o presidente americano, George W. Bush, teria de agir rapidamente.

Caso contrário, se veria obrigado a pedir paciência ao povo americano que exige a morte de um terrorista que deixou, em poucos minutos, mais de 6.000 vítimas ao destruir dois grandes símbolos da grandeza econômica e militar dos Estados Unidos: o World Trade Center e parte do Pentágono.




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