``Nao é certo que tenhamos que nos adaptar à globalizaçao, mas se a globalizaçao nao se adapta às necessidades das populaçoes, nao poderá sobreviver', disse sob os aplausos de 1.200 congressistas. ``Alguns aspectos da globalizaçao sao irreversíveis, como os relacionados com a tecnologia de informaçao (...) Mas as políticas financeiras, econômicas ou de desenvolvimento sao modeladas por aqueles que tomam decisoes políticas, e podem ser trocadas', acrescentou.

O diretor também defendeu ``um trabalho decente fundado no respeito aos princípios fundamentais do trabalho', assim como ``melhores empregos e uma proteçao social eficaz'.

Somavía destacou que o desemprego continua sendo ``um assunto crucial. O desemprego afeta também o mundo desenvolvido, mas é o grande inimigo dos trabalhadores em vias de desenvolvimento. Se a pessoa está desempregada no Norte, há sistemas de assistência social. No Sul, se a pessoa está desempregada, é um marginal', precisou.

Igualmente indicou que a conferência em junho da OIT divulgará um relatório sobre a liberdade de associaçao no mundo, e lembrou que a OIT é a única instituiçao internacional ``onde os trabalhadores estao na direçao', convidou a CISL a mudar suas estruturas ``sem alterar seus valores' e a ``encontrar sua força nas alianças com a sociedade civil'. Ao inaugurar, nesta segunda-feira a conferência, Bill Jordan, seu secretário-geral, disse que ``o sindicalismo continua sendo o inimigo mais seguro de qualquer tirania'.