Por causa do conflito, uma comissao da Fundaçao Nacional do Apoio ao Indio (Funai) integrada pela advogada Alda Carvalho e o assessor da presidência do órgao Eduardo Almeida foi até o local negociar. O proprietário da fazenda, Henrique Caçaro fixou em R$ 100 mil o preço das terras para a Funai, que pensa em desapropriar a área. O valor foi considerado alto.

Por causa do impasse, o fazendeiro e uma comissao de sete índios seguiram para Brasília onde vao negociar um acordo com a intermediaçao da Funai. Enquanto isso, pelo menos 100 pataxó permanecem na fazenda com os empregados do fazendeiro.

Há dois anos, as tribos pataxó dos municípios de Pau Brasil, Prado e Porto Seguro, iniciaram um movimento de ocupaçao de várias fazendas no sul da Bahia. Somente em Pau Brasil, dez foram invadidas mas os pataxó ainda reivindicam na regiao 52 mil hectares de terras doadas aos índios pelo governo estadual em 1936 e ocupadas por posseiros ao longo dos anos.