Política Titulo
ACM comenta o avanço do PT nas eleiçoes
Do Diário do Grande ABC
30/10/2000 | 15:21
Compartilhar notícia


O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhaes (PFL-BA), disse que o resultado das eleiçoes municipais consolidou o crescimento do PT, que já havia sido registrado no primeiro turno.

Na avaliaçao do senador com a vitória na grande maioria dos 16 municípios, onde concorreu no segundo turno, o PT reforça sua posiçao como maior partido da oposiçao e deverá agregar as forças políticas oposicionistas para as eleiçoes de 2002.

Para ele, o resultado das eleiçoes favorecendo o PT nao é motivo para assustar, o momento é para reavaliar as metas de seu partido e de aliados, além da questao social.

"Mas o futuro do partido vai depender das administraçoes petistas", alertou ACM, para quem o desempenho dos prefeitos eleitos poderá ou nao reverter em votos na sucessao presidencial. O senador nao comentou sobre o fracasso eleitoral do PFL, que só conseguiu eleger uma cidade, Curitiba, embora tenha disputado as prefeituras em cinco municípios. A surpresa maior ficou com o Rio de Janeiro, onde o partido perde espaço com a vitória do ex-prefeito Cesar Maia sobre o candidato pefelista Luiz Paulo Conde.

No caso de Recife, a derrota do partido de ACM para o PT atingiu o prestígio de lideranças importantes como o vice-presidente Marco Maciel e o líder do PFL na Câmara, Inocêncio Oliveira. Segundo seu raciocínio, a situaçao dos partidos governistas como PMDB, PFL e PSDB permanece a mesma. Para ele, o resultado das eleiçoes muncipais nao deve influenciar nas eleiçoes presidenciais de 2002. "Essa eleiçao é importante para quem ganha mas nao é tao importante para quem perde", disse.

ACM também disse que ficou surpreso com o votaçao do candidato Paulo Maluf (PPB), em Sao Paulo. "Devo dizer que me surpreendeu a votaçao do Maluf, que eu esperava que fosse mais baixa", afirmou, em entrevista ao jornalista Boris Casoy, na Rede Record de Televisao.

O senador disse ainda que o apoio implícito do presidente Fernando Henrique Cardoso a candidata Marta Suplicy (PT) foi motivado pela declaraçao de voto do governador Mário Covas (PSDB) na candidata petista . "É óbvio que quem tem o controle do partido em Sao Paulo é o governador Mário Covas e, conseqüentemente, o presidente Fernando Henrique foi na linha do voto de Covas e do seu partido (PSDB) em Sao Paulo", observou.

ACM defendeu ainda a investigaçao das denúncias contra o presidente nacional do PMDB e líder do partido no Senado, Jáder Barbalho (PA), e a quebra de sigilo bancário de parlamentares e empresas. "Sigilo bancário para quem faz vida pública é um absurdo", sustentou ACM. "De minha parte, eu quero dizer que eu já entreguei tudo ao Ministério Público: quebra de sigilo, meus bens e estou pronto para ser analisado também, como quer o Pedro Simon (PMDB-RS) e também como deseja o presidente do seu partido, o senador Jáder Barbalho", observou.

O presidente do Congresso respondeu com evasivas a uma indagaçao sobre os planos políticos. "Nao está no meu desejo ser presidente da República, como também nao está o de ser governador", disse. "Agora, eu nao posso comandar a minha vida, quando, na verdade, quem comanda a minha vida sao os baianos, em primeiro lugar, e, posteriormente, o meu partido", afirmou ACM.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;