O parlamento espanhol aprovou, nesta terça-feira, uma proposta do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol), do premiê Jose Luiz Zapatero, para que o governo inicie os diálogos com o ETA, organização separatista basca, desde que o grupo deponha as armas.

A proposta foi aprovada por 192 deputados socialistas, nacionalistas e regionalistas. Todos os parlamentares do PP (Partido Popular), do ex-primeiro-ministro José Maria Aznar, votaram contra a resolução. O resultado da votação contou 147 votos contra e nenhuma abstenção.

Segundo o porta-voz do PP, o deputado Eduardo Zaplana, o partido não "negocia com criminosos", algo considerado como um erro "gravíssimo". Informações apontam que até grupos minoritários do parlamento, como os catalães, bascos e galegos, votaram a favor da resolução. Já Diego López Garrido, porta-voz do PSOE, declarou que "a proposta tem como meta a unidade dos democratas contra o terrorismo".

O ETA (Terra Basca e Liberdade - do basco Euskadi Ta Askatasuna), formado em 1968, já matou mais de 800 pessoas em diversos atentados. Em uma pesquisa recente, mais de 60% da população espanhola aprovam o início das conversas entre o grupo e o governo espanhol, contanto que os separatistas deixem a violência.