A mobilização é intensa na Opel, principal filial da GM na Europa. A empresa terá que assumir 10 mil dos 12 mil cortes de emprego decididos na Europa pela GM — responsável por 63 mil empregos no Velho Continente. A gigante americana, que pretende poupar 500 milhões de euros (US$ 612 milhões) em dois anos, alega que as unidades européias são deficitárias há seis anos.

Em uma das grandes fábricas Opel da Alemanha, em Bochum (oeste), os empregados estão em greve desde a última quinta-feira. Na tarde desta terça eles começaram a votar para decidir se mantêm a paralisação, após terem obtido algumas concessões da diretoria, que prometeu cortes de emprego "socialmente aceitáveis" e a permanência das fábricas da Opel na Alemanha até depois de 2010, por meio de uma melhora da produtividade.

Repercussão - A mobilização em massa começa a ganhar repercussão fora do país: na fábrica Opel de Antuérpia, na Bélgica, a produção foi interrompida por falta de peças. Nas fábricas de Zaragoza (Espanha) e Gliwice (Polônia), houve atos de solidariedade, mas sem a interrupção do trabalho.

"Amanhã, ou daqui a um ano, poderíamos ser afetados, porque no momento a mão-de-obra é menos cara no leste da Polônia", disse Slawomir Ciebiera, do sindicato Solidariedade em Gliwice.

Segundo o sindicato do setor TGWU, na Grã-Bretanha, onde a GM quer eliminar 430 empregos, houve paralisações, bem como reuniões informativas.