Funcionários dos Correios  decidiram nesta terça-feira manter a paralisação por tempo indeterminado. Reunida em assembléia nesta tarde, a categoria rejeitou mais uma vez a proposta de reajuste salarial da direção da empresa.

O governo federal ofereceu aos servidores dos Correios mais R$ 10 de aumento linear, a partir de abril de 2008, sobre a proposta anterior, de reajuste de 3,74% mais aumento linear de R$ 50 em janeiro. De acordo com o representante dos servidores na negociação, José Gonçalves, o governo havia oferecido também um abono de R$ 400 e talão extra de ticket refeição no valor de R$ 391.

Segundo o sindicato, os Correios também afirmaram que não vão descontar os dias de greve.

Reivindicações – Os funcionários exigem melhores condições de trabalho e aumento salarial. De acordo com a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos), a categoria quer ajuste de 47,7% no salário mais a reposição da inflação de 3,74%, um aumento linear de R$ 200 e manutenção dos benefícios.

Acumulado – Enquanto a empresa não consegue negociar com os funcionários, que estão em greve desde quinta, cerca de seis milhões de cartas estão acumuladas na Diretoria Regional de São Paulo, que abrange 62 municípios. Em todo o país são 18 milhões de correspondências e cargas que aguardam para serem entregues.       

 A empresa suspendeu os serviços de Sedex 10 e Sedex Hoje, já que eles possuem um prazo de entrega. A ECT contratou cerca de 800 funcionários temporários para tentar atender à demanda de cerca de 24 milhões de objetos postais enviados por dia no estado.

Contas – Quem possuí contas a vencer e as recebe pelos Correios deve procurar os credores para obter outra forma de pagamento. De acordo com o Procon, a greve não justifica o pagamento de débitos após a data estabelecida. Portanto, o consumidor deve entrar em contato com a empresa para solicitar uma nova forma de pagamento.