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Ex-tesoureiro do PP diz que apenas cumpria ordens
Do Diário OnLine
Com Agência Brasil
22/08/2007 | 21:57
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O advogado Maurício Maranhão, que defende o ex-tesoureiro do PP, João Cláudio Genu, disse nesta quarta-feira que a denúncia de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro contra seu cliente não está bem fundamentada porque o ex-assessor apenas obedecia a ordens superiores e não sabia a origem dos recursos sacados.

Genu está entre os 40 acusados pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, de envolvimento com o escândalo do ‘Mensalão’ (espécie de ‘mesada’ paga a parlamentares para que eles votassem a favor de projetos de interesse do governo). O STF (Supremo Tribunal Federal) está decidindo nesta semana se abre ou não inquérito contra os suspeitos.

Para Maranhão, Fernando Souza deixou de comprovar de maneira lógica que Genu tenha repassado parte dos R$ 4,1 milhões que o partido teria recebido entre 2003 e 2005. “A acusação de que Genu seria beneficiário dos valores recebidos não passa de pura criação mental do procurador-geral”, afirmou o advogado, ao alegar que o ex-assessor apenas cumpria ordens da cúpula do partido.

Sobre a formação de quadrilha, o defensor questionou os argumentos utilizados pelo Ministério Público para tipificar o crime. “Para caracterizar formação de quadrilha não basta a co-autoria. É necessária a continuidade dos atos e a disposição para novos e futuros delitos”, rebateu. Ele negou que Genu tivesse conhecimento da origem do dinheiro que repassava aos parlamentares.

Maranhão ressaltou ainda que, em todos os depoimentos prestados desde o início do caso, Genu foi coerente e não caiu em contradição. Também lembrou que, depois da revelação do esquema, Genu perdeu o emprego de assessor do partido.



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