Os fiscais da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) do Aeroporto Nacional de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, estão trabalhando normalmente nesta quinta-feira. No Rio de Janeiro, eles também voltaram ao trabalho

Os serviços foram retomados depois que o sindicato anunciou uma trégua de 10 dias para negociação com o governo. Os trabalhadores da Anvisa reivindicam salários iguais aos de outras agências reguladoras. A greve começou no dia 21 de fevereiro e afetou a entrada no país de diversos tipos de produtos que necessitam de inspeção obrigatória.

O presidente do Sindisprev-RJ (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência Social do Estado do Rio de Janeiro) condicionou a volta plena ao trabalho ao pagamento dos dias não trabalhados e da garantia de que nenhum grevista sofrerá retaliações.

Segundo ele, os funcionários tiveram o ponto cortado no 45º dia de paralisação, que já durava 67 dias. "Queremos que o governo cumpra a parte dele. Estamos dando dez dias de prazo. Neste período, vamos continuar em estado de greve, esperando que o governo encaminhe ao Congresso a reivindicação dos trabalhadores", disse Tavares, em entrevista à Agência Brasil.

Ele informou que, somente no Rio de Janeiro, cerca de 500 toneladas de mercadorias ficaram retidas e garantiu que os funcionários se comprometeram em fazer um mutirão para liberar os produtos o mais rápido possível.

Dados da Abimed (Associação Brasileira dos Importadores de Equipamentos, Produtos e Suprimentos Médico-Hospitalares) mostram que a greve causou um prejuízo de mais de R$ 700 milhões à indústria farmacêutica, pela falta de medicamentos, produtos químicos e equipamentos médicos.