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Sunitas estão descontentes com projeto iraquiano de Constituição
Da AFP
23/08/2005 | 17:25
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Dois grupos sunitas iraquianos afirmaram nesta terça-feira que são contrários ao projeto de Constituição apresentado ao Parlamento na noite de segunda-feira. Já o governo do primeiro-ministro xiita, Ibrahim al-Jaafari, defendeu o texto.

A principal facção sunita, o Partido Islâmico Iraquiano, denunciou a falta de acordo que envolveu a apresentação do texto ao parlamento - 10 minutos antes do fim do prazo legal - por considerá-la "uma violação flagrante da regra do consenso, com base na qual participou das negociações sobre a Constituição".

"Se a Constituição não for reformulada, para servir aos interesses maiores da nação e garantir a unidade entre os iraquianos e Justiça para todos, será rejeitada em bloco", alertou o partido em comunicado.

Já o negociador sunita Saleh al-Motlak afirmou que "o projeto de Constituição dividirá a sociedade, porque tem vários pontos negativos", e que "99% dos sunitas estão descontentes com o texto". O negociador anunciou que não pretende participar das discussões sobre os artigos que deram origem a divergências, e lamentou a insistência de curdos e xiitas em favor do federalismo.

Diante das críticas, o porta-voz do parlamento, Leith Kubba, disse que o texto apresentado "é o melhor possível", enquanto o presidente do Comitê de Redação, o xiita Humam Hammudi, afirmou que o federalismo é a melhor barreira contra o risco de retorno à ditadura.

O texto apresentado ao parlamento destaca, em seu primeiro artigo, que o regime iraquiano é "republicano, parlamentar, democrático e federal". O artigo 2 afirma que "o islã é uma das fontes principais da legislação", e que é proibido "promulgar leis que sejam contrárias a seus preceitos, aos princípios democráticos e aos direitos e liberdades especificados na Constituição".




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