Os aeroportos de todo o Brasil continuaram registrando atrasos nesta segunda-feira, em conseqüência dos problemas ocorridos no domingo. Segundo a Infraero, 30,3% dos vôos  - ou 425 de 1.403 programados - atrasaram mais de uma hora. O presidente da Infraero, José Carlos Pereira, informou que a situação nos aeroportos só deve ser normalizada na noite terça-feira.

Em busca de esclarecimentos sobre o novo 'apagão aéreo', o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta segunda com o ministro da Defesa, Waldir Pires, o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, e com o presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Milton Zuanazzi.

Os atrasos aconteceram por causa dos vôos remarcados de domingo para esta segunda e o encaixe daqueles que foram cancelados. O Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, ficou aberto até a 1h30 de domingo para tentar diminuir os problemas.

Alguns imprevistos ocorridos nesta manhã no terminal de Congonhas colaboraram para agravar os atrasos. Logo cedo, por voltas das 7h, um cachorro invadiu a pista principal do aeroporto, que teve de ser fechada por cerca de meia-hora. Mais tarde, perto das 10h, uma carga caiu na pista, provocando uma nova interdição.

No domingo, a pista principal de Congonhas ficou fechada para pousos e decolagens por quase duas horas, entre as 7h e 8h50, devido ao acúmulo de água na pista principal. A suspensão dos pousos e decolagens no aeroporto acontece sempre quando a lâmina d'água na pista principal ultrapassa os 3 milímetros, para evitar a derrapagem de aeronaves.

A situação foi agravada quando, por volta das 10h, foi detectada uma falha no software usado para controlar as autorizações de decolagem no Cindacta-1. O problema durou sete minutos, e por medida de segurança, os controladores de tráfego aéreo aumentaram o espaçamento entre as decolagens.