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Vendas reagem com o apelo do retorno do IPI
Wagner Oliveira
Do Diário do Grande ABC
16/09/2009 | 07:00
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Embora os números do último fim de semana não estejam ainda computados, as vendas de carros novos cresceram em média 10% nos oito primeiros dias úteis deste mês em relação a agosto. A reação trouxe ânimo às concessionárias, que registraram retração de 9% no mês passado em relação a julho.

"Os vendedores já voltaram a sorrir novamente", afirmou Flávio Pasquarelli, gerente de vendas da Paulimar, autorizada Fiat no Grande ABC. "O mês começou meio morno, mas no último final de semana as vendas decolaram de vez, com loja cheia e bom volume de negócios."

Para carros em que não há pronta entrega, como o caso da Strada cabine dupla, a revenda da Fiat já antecipa a cobrança do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), que tem retorno gradual a partir de outubro. "Nesses casos, estamos antecipando a cobrança do imposto. Caso o governo prorrogue mais uma vez o desconto, ressarciremos os clientes", disse Pasquarelli.

Para Renê Bezerra, vendedor da Avel, concessionária Volkswagen, a volta do IPI não deve atrapalhar a venda de carros novos, principalmente os de motorização 1.0 e 1.4, que representam 60% do mercado brasileiro e têm tributação menor.

"As vendas reagiram porque há muito consumidor antecipando a sua compra para aproveitar o desconto", afirmou Bezerra. "Mas acho que não vão cair em outubro, já que o preço não terá tanto impacto com a retomada gradual da cobrança."

Marcelo Aparecido de Souza, gerente de vendas da Viamar, que representa a Chevrolet, o feirão promovido no fim de semana na fábrica da General Motors ajudou a impulsionar as vendas.

"Estamos vendendo bem nossos carros de entrada, como o Celta, o Prisma e o Classic", disse. "Acho que podemos até superar nossa média de vendas, que é de 185 unidades por mês", revelou.

O drama das concessionárias ainda têm sido os carros usados, que não retomaram o seu ritmo de vendas. "Devido às boas condições de financiamento, o consumidor prefere o zero. A desvalorização também continua forte nos seminovos", disse Souza.




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