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Rio Douro é um dos destaques dos passeios em Portugal
Heloísa Cestari
Do Diário do Grande ABC
Com AJB
02/04/2003 | 18:46
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Os escritórios oficiais de turismo da Espanha e de Portugal no Brasil lançaram, no último mês, na presença dos respectivos embaixadores José Coderch e António Franco, uma campanha para a promoção conjunta de seus principais destinos. Entre os roteiros que incluem os dois países, o percurso do rio Douro desponta como um dos destaques para os amantes de vinhos e da gastronomia local.

O Douro – ou Duero, como é chamado em território espanhol – nasce na Espanha, nos Picos de Urbión, cruza mais de 600 km, irrigando centenas de parreirais nas encostas íngremes e grandiosas das casas vinícolas que margeiam seu trajeto, e deságua no mar, ao sul da cidade do Porto, em Portugal. No percurso, variadas castas se sucedem formando uma das mais prodigiosas e lindas regiões viníferas do mundo.

No setor português, destacam-se casas como Barca Velha e Quinta do Côtto, além das tradicionais Real Companhia Velha, Ferreira e tantas outras com denominações ânglicas, produtoras dos distintos vinhos do Porto, encorpados e de teor alcoólico acentuado pela adição de aguardente de uva. Na parte espanhola, merece realce a região da Ribera del Duero, de onde saem estrelas de bodegas como Alion e Protos. Ainda na Espanha, as margens do Duero produzem o Vega Sicília, considerado um dos melhores vinhos espanhóis da atualidade.

À fartura de vinhos, somam-se castelos, torres e cidadelas, resgatando a magia de tempos remotos. Verdadeiros museus a céu aberto, que escoltam o Douro desde sua cabeceira até a foz.

Em terras espanholas, as três regiões produtoras de vinho nas margens do Duero são quase coladas uma à outra. A primeira, a mais importante e maior, é Ribera del Duero, seguida por Rueda e Toro. Localidades como Tajueco, Andaluz, Gormaz ou San Esteban de Gormaz conduzem os turistas a épocas românticas, de lendas medievais e de construções com nítidas influências mouras, como as fortalezas dos antigos califas. Quanto à vinicultura, as cepas mais cultivadas ali são Merlot, Malbec, Cabernet Sauvignon – as três de origem francesa – e Albillo, típica uva espanhola.

A rota do vinho pelo Duero começa em Toro. Além das saborosas visitas às bodegas, a cidade oferece agradáveis passeios pelo Centro Histórico. Um dos pontos altos da visita à cidade remete à Igreja de Santa Maria ou La Colegiata, cercada de belos jardins floridos. Não se sabe precisamente quando teve início a construção da obra monumental, mas imagina-se que foi por volta do século XII. As bodegas da região recebem grupos de turistas.

Na área da Ribera del Duero, a Cooperativa Virgem de las Vias, fundada em 1963, é formada por pequenos produtores. As visitas acontecem durante a semana, das 10h às 19h. Fica em Aranda del Duero. Outra bodega que recebe turistas (diariamente, nos mesmos horários da cooperativa) é a Via Buena. Para acompanhar as degustações, uma boa pedida são as tapas, entradas típicas da Espanha.




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