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Boa mesa e turismo formam união perfeita
Da AJB
26/03/2003 | 20:11
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Difícil é viajar e não voltar com alguns quilos extras na bagagem (a menos que se volte de um spa). No cardápio de atrações turísticas, a culinária incrementa o caleidoscópio cultural de um destino em cores, aromas e sabores. Boa mesa e turismo formam um perfeito casamento, cujo brilho aumenta em roteiros de apelo gastronômico.

A região serrana fluminense é rica em opções do gênero. A começar pelo chamado Vale dos Gourmets, em Itaipava e vizinhança, onde concentram-se restaurantes das mais distintas especialidades. Como o Locanda Della Mimosa, do chef Danio Braga, que serve a culinária contemporânea italiana; e o Parador Valência, comandado pelo chef Paquito, emérito conhecedor da gastronomia espanhola no Brasil. Há também o Faraona, o Mes Amis, o Parrô do Valentim, o Chez Cox, o Nam Thai...

Em Teresópolis, a volta ao mundo gastronômico leva até a Rússia dos czares. O banquete servido no Dona Irene recebe a companhia da vodca caseira, segredo centenário de família.

Já Visconde de Mauá guarda um dos melhores restaurantes de comida mineira do Brasil, o Gosto com Gosto, onde leitões, feijão tropeiro e tutu saem do fogão à lenha regido por Mônica Rangel. A chef mineira inaugurou na cidade serrana o Zucchini, à base de risotos e carnes especiais, como magret, cordeiro e javali. Outro astro da gastronomia na cidade atende pelo nome de Verde que Te Quero Ver-Te. À mesa, chegam pratos refinados como o faisão com foie gras, castanha e funghi porcini; pato caramelado com cebolas e passas e carré de cordeiro envolto em massa folheada.

Caça é a especialidade do Távola, em Friburgo. Adornado por arte heráldica (leia-se uma infinidade de brasões), o restaurante-pousada é um mergulho nos tempos medievais.

Em Tiradentes, Minas Gerais, a culinária do Estado está representada pelo Viradas do Lago. Alguns ingredientes saem da horta diretamente para a mesa para escoltar pratos como frango com ora-pro-nobis, feijão-tropeiro e costelinha de porco.

Já a gastronomia baiana encontra em Salvador um terreiro fértil em acarajés, moquecas e bobós – estes últimos encontrados tanto nos restaurantes quanto nos tentadores tabuleiros das baianas que comercializam suas especialidades no sobe-e-desce de ladeiras do Pelourinho. E não são poucos os restaurantes estrelados na cidade. Para começar, o pitoresco Varal da Dadá apresenta um repertório culinário que vai da casquinha de siri com leite de coco, na entrada; ao bobó de camarões, como prato principal; para finalizar, o tour com cocadas caseiras. Também se sobressaem na cozinha regional o Dona Chika-ká e o Jardim das Delícias, ambos no Pelourinho; o Agdá e o Yemanjá, os dois do mesmo dono e funcionando na avenida Otávio Mangabeira; além do Paraíso Tropical, na Cabula.

Em Olinda, a Oficina do Sabor é pilotada pelo chef César Santos, um dos mais badalados brasileiros do momento. Em suas panelas, o chef prepara combinações ousadas e inovadoras, como o gratinado de fruta-pão com carne-de-sol, ou o surubim ao molho de maracujá. Atualmente, o Prato da Boa Lembrança (o freguês leva o prato de louça embora como suvenir) servido na casa é o camarão perfumado ao mangue, feito com ervas frescas, pistache, alho e azeite.




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