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Protesto contra aumento de aterro teria lobby da Lara
Leandro Laranjeira
Do Diário do Grande ABC
19/03/2007 | 22:16
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A notícia veiculada pelo Diário de que o aterro sanitário Lara, em Mauá, poderá se tornar o maior do País reforça a tese defendida por políticos de Santo André de que a empresa estaria por trás das manifestações contra a ampliação do aterro da Cidade São Jorge.

Segundo comentários na Câmara, a Lara – que aguarda aval do governo estadual para utilizar o terreno vizinho ao qual opera atualmente – vem fazendo lobby junto a vereadores de oposição. Ao mesmo tempo, segundo fontesm a empresa estaria usando o prestígio da ONG MDV (Movimento em Defesa da Vida do Grande ABC) para pressionar a Prefeitura a encerrar a operação no aterro localizado a poucos metros do núcleo habitacional Espírito Santo.

Suspeita-se que a Prefeitura seria obrigada a usar o terreno da Lara (que na região não é responsável apenas pelo lixo de Santo André) para depositar seus dejetos, pagando até mais para isso.

A reclamação de vereadores governistas tornou-se pública quando foram distribuídas na Câmara e na cidade algumas edições de um jornal contra o “Lixão da Cidade São Jorge”.

No início do mês, em discurso inflamado, o presidente da Câmara, José Montoro Filho, o Montorinho (PT), criticou o boletim. “Isso é politicagem. Estão desinformando a população. Não querem que a gente aumente a nossa área de aterro porque há interesses particulares por trás. Há outro aterro, o qual não citarei o nome, que pretende tirar proveito do lixo.”

O ambientalista e diretor da MDV, José Contreras, disse que não é a primeira vez que a ONG sofre acusações. “Sempre há interesses envolvidos, mas não tem nada de o movimento fazer trabalho para favorecer um lado.”

Em nota, por e-mail, a Lara argumentou que a denúncia é “totalmente infundada” e que não tem vínculo com “entidade alguma”.



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