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Amazônia concentra maior número de casos de hepatite B no país
Da Agência Brasil
10/11/2007 | 11:57
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A região Norte está entre os principais focos deste Dia Nacional de Conscientização da Hepatite B, por ter até 20% da população atingida. Neste sábado, na campanha Juntos Contra a Hepatite B, promovida pelas Sociedades Brasileiras de Infectologia, Hepatologia e de Medicina Tropical, as atividades no estado serão realizadas em parceria com a Susam (Secretaria de Saúde), por meio da FVS (Fundação de Vigilância em Saúde).

Em Manaus, uma mobilização social na Praia da Ponta Negra oferecerá 500 doses da vacina, além de exames gratuitos para o diagnóstico da hepatite B, com a coleta de sangue na hora. O material será encaminhado para um laboratório especializado e o resultado deverá sair em 30 dias.

As pessoas que tiveram resultados positivos no diagnóstico serão encaminhadas para a FMT (Fundação de Medicina Tropical), unidade de referência para tratamento da doença no estado.

Estatísticas - Em todo o mundo, segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), a hepatite B atinge cerca de 2 bilhões de pessoas, 2 milhões delas no Brasil.

Na Amazônia, a maior prevalência é a dos tipos B e C. Segundo o infectologista Noaldo Lucena, no Amazonas, os casos do tipo B apresentam incidência de 2% em Manaus, chegando a 10% na região do Javari, a segunda maior área indígena do país. Os casos do tipo C apresentam índices que variam até 3%.

"A gente sabe que os vírus podem proliferar mais rapidamente em regiões tropicais e também que as doenças têm a ver com o nível socioeconômico e cultural, e infelizmente nossas populações mais carentes não dispõem às vezes de água encanada ou de educação básica. As pessoas precisam entender que escova de dente, copos, talheres, toalha, aparelhos de barbear são de uso individual por uma questão de higiene. Mas parte da população não entende isso e acaba favorecendo a proliferação de vírus e bactérias, e a contaminação por muitas doenças infecciosas", afirmou Lucena.

Doença - A hepatite B é uma inflamação do fígado e, segundo Lucena, na maioria dos casos a pessoa doente não apresenta sintomas. O tratamento é realizado com medicamentos específicos e as seqüelas vão da cirrose hepática ao câncer de fígado. A primeira dose da vacina, gratuita e disponível na rede pública de saúde, deve ser aplicada nas primeiras 24 horas de vida do bebê – as outras duas, aos três e aos nove meses.

Em 2006, de acordo com dados da Susam, foram registrados 2,3 mil casos de hepatite no estado, sendo 100 apenas do tipo B e 12 do tipo C. Neste ano, até setembro, foram diagnosticados 743 casos, sendo 18 do tipo B e seis do tipo C.




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