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Molas são fator de segurança
Percy Faro
Especial para o Diário do Grande ABC
01/05/2001 | 18:24
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"Denomina-se genericamente suspensão do veículo o conjunto de elementos elásticos e peças de ligação que absorvem as irregularidades do piso. São elementos elásticos molas, pneus, coxins de apoio, buchas de borracha e batentes; são elementos de ligação braços oscilantes ou bandejas, articulações esféricas (pivôs) e tirantes ou tensores. Amortecedores e barras estabilizadoras devem ser classificadas como elementos de controle da movimentação e, em muitos casos, exercem também a função de elementos estruturais.”

As definições sobre o sistema de suspensão automotiva constam das apostilas de treinamento dos principais fabricantes de molas helicoidais, feixes de molas e barras estabilizadoras para a indústria automobilística nacional. E servem para dar a devida dimensão da importância das molas no conjunto de veículo, sendo elementos fundamentais para garantir não apenas o conforto e prazer ao dirigir mas, principalmente, a segurança.

Partindo-se desse raciocínio, é fácil concluir que as molas nunca param de exercer sua missão – quando um carro deixa a linha de montagem, elas já estão sendo submetidas a consideráveis solicitações mecânicas. Portanto, sendo um elemento elástico, é natural que apresente desgastes como qualquer outro componente do veículo. Apesar disso, é caso raro o dono de um automóvel procurar uma oficina com a finalidade específica para fazer manutenção preventiva das molas. Em outras palavras, ainda prevalece a errônea tese segundo a qual “mola só deve ser trocada quando quebra”.

Na produção dos diferentes tipos de molas são utilizadas várias configurações de aço de liga, como o aço Cromo, aço Cromo-Vanadio e aço Cromo-Silício, adquiridos de usinas de primeira linha com qualidade assegurada. Para ganhar a forma de molas, a matéria-prima é aquecida a 900º C. Nesta fase, ocorrem as operações de têmpera (que confere extrema dureza) e de revenimento (que proporciona elasticidade ao aço, permitindo que a mola sofra deformações sem rompimento ou perda da forma original).

“Além de absorver os impactos sofridos pelas rodas do veículo, a mola mantém a altura original de trabalho da suspensão”, explica o técnico Roberto Pavan, do Centro Automotivo Art Motor. Ao amortecedor fica a missão de controlar os impulsos da mola. Exemplo: quando o carro trafega por via acidentada, as rodas recebem impactos que comprimem a mola, movimento que garante conforto e segurança. O amortecedor, por sua vez, suavisa o movimento oposto, ou seja, quando a mola volta à sua posição inicial. O mesmo ocorre quando o veículo em velocidade faz uma curva de raio fechado ou quando apenas uma das rodas passa por um buraco. Portanto, é a mola quem suporta tanto o peso do veículo como enfrenta todas as irregularidades do piso, enquanto o amortecedor controla sob pressão o movimento de retorno à posição original da roda.




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