Segundo a assessoria da Volks e do Sindicato, representantes da companhia entraram em contato com o presidente da entidade, José Lopez Feijoó, na terça-feira, após o fracasso da reunião de conciliação ocorrida no TRT. A novidade da nova proposta foi o oferecimento de um abono de R$ 1.205 a ser pago em duas parcelas (novembro e dezembro), no lugar do aumento real adicional de 2% pedido pela categoria. Assim, o reajuste salarial apresentado continuou em 15,7% - para os salários superiores a R$ 4,2 mil haveria uma parcela fixa de R$ 659,40.
Os trabalhadores em greve, porém, continuam a reivindicar um acordo com as mesmas condições conseguidas pelos funcionários das outras montadoras (Ford, Mercedes-Benz, Scania, Toyota e General Motors). Nessas empresas, quem tem salário de até R$ 5 mil ganhará reajuste de 18,01% (15,7% + 2%). Já aqueles que recebem mais que isso terão uma parcela fixa de, no mínimo, R$ 785 incorporada aos salários.
A proposta patronal também menciona a renovação das cláusulas sociais por dois anos; aumento real de salário de 2% a ser aplicado aos salários em junho de 2004 e garantia de correção dos salários pelo INPC-IBGE para o ano que vem.
A planta da Volks em São Bernardo emprega cerca de 14,8 mil pessoas. Na unidade de São Carlos, interior de São Paulo, trabalham 530 funcionários, que também decidiram manter a paralisação nesta quarta. A greve nessas duas unidades acaba, no fim, afetando os trabalhos da fábrica de Taubaté, no Vale do Paraíba: eles foram obrigados a cruzar os braços porque não há peças para a montagem dos veículos.
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