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Após nova reunião, funcionários da Volks seguem com greve
Do Diário OnLine
05/11/2003 | 11:56
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Os funcionários da Volkswagen realizaram mais uma assembléia na manhã desta quarta-feira, na porta da empresa, e votaram pela continuidade da greve iniciada na semana passada. Os metalúrgicos rejeitaram uma nova proposta apresentada pela direção da montadora ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC na noite passada. Agora, os trabalhadores e a fábrica esperam o julgamento da greve e do pedido de dissídio coletivo pelo Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-SP), marcado para quinta, às 17h.

Segundo a assessoria da Volks e do Sindicato, representantes da companhia entraram em contato com o presidente da entidade, José Lopez Feijoó, na terça-feira, após o fracasso da reunião de conciliação ocorrida no TRT. A novidade da nova proposta foi o oferecimento de um abono de R$ 1.205 a ser pago em duas parcelas (novembro e dezembro), no lugar do aumento real adicional de 2% pedido pela categoria. Assim, o reajuste salarial apresentado continuou em 15,7% - para os salários superiores a R$ 4,2 mil haveria uma parcela fixa de R$ 659,40.

Os trabalhadores em greve, porém, continuam a reivindicar um acordo com as mesmas condições conseguidas pelos funcionários das outras montadoras (Ford, Mercedes-Benz, Scania, Toyota e General Motors). Nessas empresas, quem tem salário de até R$ 5 mil ganhará reajuste de 18,01% (15,7% + 2%). Já aqueles que recebem mais que isso terão uma parcela fixa de, no mínimo, R$ 785 incorporada aos salários.

A proposta patronal também menciona a renovação das cláusulas sociais por dois anos; aumento real de salário de 2% a ser aplicado aos salários em junho de 2004 e garantia de correção dos salários pelo INPC-IBGE para o ano que vem.

A planta da Volks em São Bernardo emprega cerca de 14,8 mil pessoas. Na unidade de São Carlos, interior de São Paulo, trabalham 530 funcionários, que também decidiram manter a paralisação nesta quarta. A greve nessas duas unidades acaba, no fim, afetando os trabalhos da fábrica de Taubaté, no Vale do Paraíba: eles foram obrigados a cruzar os braços porque não há peças para a montagem dos veículos.




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