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Chuva deixa 300 desabrigados em Manaus
Do Diário do Grande ABC
20/04/2000 | 15:11
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Trezentas pessoas que perderam suas casas com a forte chuva ocorrida quarta em Manaus estao abrigadas em escolas e prédios públicos da cidade. Registrada pelo 1º Distrito de Meteorologia do Ministério da Agricultura como a maior chuva dos últimos 33 anos na área urbana da capital do Amazonas, o temporal causou estragos em diversas partes da cidade, com alagamentos e desabamentos.

O coordenador da Comissao de Defesa Civil, coronel Vivaldo Barreto, disse que 300 pessoas foram cadastradas pela prefeitura como desabrigados pela chuva, mas o número é bem maior porque outras pessoas procuraram a casa de parentes. A Defesa Civil registrou o desabamento de 29 casas na Zona Leste, três na Zona Oeste e nove na Zona Sul.

O Corpo de Bombeiros registrou 38 ocorrências entre quarta e quinta pela manha. Nao há registro de mortos. Mas a chuva torrencial comprometeu a estrutura da pista de três das principais vias da cidade, como as avenidas Djalma Batista, Efigênio Sales e Recife, acesso aos bairros da Zona Centro Sul, uma área que abriga tanto residências, quanto shopping e prédios públicos.

Manaus é entrecortada por igarapés que transbordaram com a intensidade da chuva. Os funcionários da Secretaria de Desenvolvimento e Meio Ambiente (Sedema) tiveram que ser retirados do ambiente de trabalho com a ajuda de pequenas lanchas, devido à inundaçao causada pelo igarapé do Mindu.

O prefeito Alfredo Nascimento suspendeu o ponto facultativo da Quinta-feira Santa, que havia decretado na véspera, para trabalhar nas obras de recuperaçao de pistas e pontes destruídas além da assistência aos alagados. Hoje o dia foi de sol em Manaus.

O meteorologista Renato Senna, chefe do 1º Distrito de Meteorologia, disse que a chuva teve origem local e nao havia como prever sua intensidade. Senna disse que a instalaçao de radares pelo Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam) irá favorecer as previsoes de fenômenos dessa natureza.

O volume foi de 153 mm de chuva durante mais de sete horas. "Essas chuvas sao comuns na regiao, mas nao costumam ocorrer em área de muita populaçao; na área urbana as chuvas de grande volume costumam durar pouco tempo", explicou. Senna. A alteraçao na distribuiçao da chuva, segundo o meteorologista, pode ter relaçao com o fenômeno La Niña.




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