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China nao aceita 'intromissoes' em assuntos internos
Do Diário do Grande ABC
18/11/1999 | 17:31
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A China nao admite qualquer interferência em seus assuntos internos, embora mantenha seu compromisso de abrir sua economia, disse hoje Li Peng, segundo mais poderoso dirigente do país. "Nas relaçoes exteriores, todos os países deveriam observar estritamente o princípio de nao interferência nos assuntos internos dos demais", disse Li Peng ao Parlamento.

Li, 71 anos, é presidente do Congresso Nacional do Povo e segundo dirigente do Partido Comunista chinês, que governa 1,2 bilhao de pessoas.

O dirigente chinês chegou à Africa do Sul ontem tendo recebido todas as honras. Depois de seu discurso de 45 minutos no Parlamento, foi aplaudido de pé.

Um pequeno grupo de manifestantes exibia na frente do Parlamento cartazes exigindo a libertaçao do Tibete. "Este indivíduo nao tem idéia do que significa a democracia", comentou Ivor Luke, que segurava uma bandeira tibetana, referindo-se a Li.

O dirigente chinês disse que a assinatura, nesta semana, de um acordo entre Pequim e Washington, acelerará os esforços que a China faz há 13 anos para ser aceita na Organizaçao Mundial de Comércio (OMC), desenvolver as relaçoes com os Estados Unidos e contribuir para a prosperidade mundial.

Os termos do acordo firmado segunda-feira começarao a vigorar se a China conseguir o ingresso na OMC. O acordo obriga Pequim a reduzir os impostos em 23%, em média, e prevê maior acesso de empresas americanas ao mercado chinês. "Continuaremos protegendo os direitos e interesses legítimos das empresas com investimentos estrangeiros", afirmou Li.

Mas, o mesmo dirigente que declarou a lei marcial e apoiou a forte repressao militar de 1989 ao movimento pró-democrático na Praça da Paz Celestial acrescentou que a China continuará com seu sistema econômico."É simplesmente impensável que nosso mundo com mais de 200 países seja dominado por um só ou por um grupo de naçoes", afirmou Li Peng. "Também nao é possível que todos os países adotem um só sistema social ou um só modelo econômico", acrescentou.




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