A Ford, em Sao Bernardo, espera voltar à ativa segunda, depois de ter sua linha de produçao paralisada desde 16 de dezembro. Para isso, a empresa afirmou que nao permitirá que os 2,8 mil demitidos atravessem as catracas da portaria. O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC diz que todos - dispensados ou nao - estarao na montadora dispostos a trabalhar depois da assembléia, que ocorre às 6h40 na porta da fábrica.  Pela necessidade de produzir, a empresa saiu a campo, com cartas aos que nao entraram nos cortes. No texto, agradece a intençao de todos estarem dispostos a produzir, mas que isso nao foi possível pela presença dos demitidos, "por questoes de segurança".  Na carta, informa que os trabalhadores deverao ter as carteirinhas com leitura ótica, já que "o sistema de controle de acesso estará ativado, nao sendo permitida a entrada de pessoas nao autorizadas". "As carteirinhas anteriores nao têm mais validade", diz ainda. A empresa informa também que os trabalhadores nao sofrerao descontos no pagamento relativo a janeiro, quando ficaram parados, o que nao acontecerá em fevereiro. "A supervisao estará apontando diariamente as horas trabalhadas para efeito de pagamento", diz a carta.  No texto, A Ford diz que "como tem acontecido até agora", continuará discutindo com o sindicato "alternativas de soluçao que possam garantir a competitividade e continuidade das operaçoes da fábrica em Sao Bernardo". Até agora, a empresa teve três reunioes com o sindicato.