Todos os 21 corpos já foram retirados do local do acidente. Os últimos a serem localizados devem ser levados ao IML, onde está sendo realizado o trabalho de identificação por meio de arcada dentária.

Todas as 21 vítimas eram servidores civis do Centro Técnico Aeroespacial (CTA) de São José dos Campos, interior de São Paulo. Os corpos devem ser transladados para o Estado até a próxima terça-feira, segundo a Aeronáutica.

As autoridades continuam investigando as causas do acidente. A Aeronáutica mantém o bloqueio do espaço aéreo em Alcântara, enquanto o tráfego marítimo até o local também está proibido.

Especula-se que a explosão ocorrida na sexta-feira, que ruiu a base de lançamento e destruiu os dois satélites que seriam lançados com o foguete, tenha ocorrido por um problema no abastecimento do foguete, que seria movido por combustível sólido. Também não estão descartadas as hipóteses de falha no sistema de direcionamento do foguete ou da ignição prematura de um dos motores.

A Aeronáutica formou uma Comissão de Investigação para apurar as causa do acidente. O coordenador dos trabalhos será o coronel-aviador Antônio Carlos Cerri, diretor do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), organização que integra o Centro Técnico Aeroespacial (CTA).

O mesmo procedimento de investigação foi adotado para apurar as causas das outras duas falhas do VLS-1, ocorridas ocorridas em 1997 e 1999. Nas ocasiões, o Departamento de Pesquisas e Desenvolvimento da Aeronáutica estabeleceu uma comissão com membros do CTA, do Instituto de Aeronáutica e Espaço e militares da Aeronáutica.