Irritado, Serra preferiu atribuir o fato ao que ele chamou de “kit baixaria”. “Isso é a parte final da campanha. Veio essa baixaria e vai vir mais. O Ministério da Saúde fica vazando papéis que não têm significado. Nós esperamos mais baixaria na reta final.”

O político demonstrou indignação ao ser questionado se prestará depoimento caso seja convocado. “Mas que chamado para depor... Isso não existe”, desconversou Serra.

O ex-prefeito de São Paulo voltou a negar atritos entre sua campanha e a do presidenciável Geraldo Alckmin. “Não existe. Isso é falta do que especular. As campanhas são as mesmas, o resto é firula.” Serra também não quis dizer se comparecerá ao debate da TV Globo, no final do mês, mesmo com a promessa da emissora de colocar a cadeira vazia para os ausentes. “Vamos ver isso mais para frente.”

Kit PT – Apesar de encontrar um ambiente mais amistoso do que o da visita à favela Paraisópolis, na última terça-feira, Serra não se livrou de outra saia justa. Ao caminhar pelas ruas, um grupo de militantes petistas chegou a vaiar o tucano. Em maior número, os apoiadores de Serra responderam às provocações com gritos. Enquanto falava de obras realizadas em seu mandato na Prefeitura, um morador chegou a gritar: “É tudo mentira”.

“Aqui é o Kit PT. Eles estavam com faixa de um candidato do partido e vieram aqui gritar para a imprensa noticiar. A grande maioria da população está eufórica, com as obras feitas aqui”, disse o tucano.

Serra citou os empreendimentos de urbanização feitos no local, mas reconheceu que ainda faltam ações: “Aqui tem muito problema de Saúde. Mas estamos avançando”.

O tucano prometeu firmar parcerias entre Prefeitura e governo estadual para projetos na região. “Aqui na Vila Natal nós fizemos uma avançada reurbanização. Transformamos essa área favelizada em bairro. Esse avanço, que por enquanto é por conta do município, quero realizar como governador.” Serra lembrou que já existe financiamento externo para ações na área da represa Guarapiranga.