Diarinho Titulo Manipulação
Como os bonecos
ganham vida?

Artistas se divertem ao criar e manipular personagens, como
protagonistas da série 'Os Cupins', que chega à TV Cultura

Bruna Gonçalves
do Diário do Grande ABC
24/06/2012 | 07:00
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Divulgação


Convencer o público de que os bonecos podem ter vida e sentimentos é como fazer mágica. A tarefa exige dedicação, muito treino e amor pela atividade. Não basta abrir e fechar a boca do personagem e mexer suas perninhas e braços. O ator-manipulador tem de fazer a gente esquecer que existe um humano no comando dos movimentos.

E essa responsabilidade deixa os profissionais bem cansados. A posição em que ficam para manipular e o peso dos bonecos costumam ser desconfortáveis, principalmente quando não podem aparecer na tela ou no palco. Mas eles nem ligam para a trabalheira, que os enche de orgulho.

É necessário que o artista também tenha mão flexível e boa coordenação motora. A concentração é fundamental e deve aumentar quando é o próprio manipulador que faz a voz do boneco. Isso porque a fala e as ações precisam ser sincronizadas.

Na série Os Cupins, que acaba de chegar à TV Cultura, as cenas foram filmadas primeiro e depois dubladas. Realizar as duas coisas separadas é novidade para Eduardo Alves, que faz a galinha Lola, do Cocoricó, além de Vidinha e Cupim, no novo seriado. "É mais difícil dublar depois que a gente já manipulou", afirma.

No programa, Álvaro Petersen - famoso por dar vida à cobra Celeste do Castelo Rá Tim Bum - também tem trabalho dobrado; é responsável por Joca e Cupincha. Como todo ator-manipulador, diverte-se com as traquinagens dos personagens.

Não existem limites para os bonecos. São capazes de voar, caminhar no ar, perder a cabeça e colocá-la novamente no lugar. Seja em programas de TV, filmes ou espetáculos, conseguem tratar de diversos assuntos - desde os sérios até os mais divertidos - para gente de todas as idades.

 

 

Consultoria de Beatriz Apocalypse, diretora artística da Cia. Giramundo, Henrique Sitchin, coordenador e diretor da Cia. Truks, Fernando Anhê, diretor da Cia. Imago, e do bonequeiro Augusto César Barreto de Oliveira




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