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Hugo Motta diz não ver como discutir reforma da Previdência em 1 ano e meio

O presidente da Câmara dos Deputados também cobrou a disposição do governo e do Senado em defender a redução dos gastos primários, para que a tarefa não fique apenas com o Congresso Nacional

Estadão Conteúdo
10/06/2025 | 09:17
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FOTO: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que não vê condições para uma nova reforma da Previdência até o fim de 2026. As declarações ocorreram durante debate promovido pelos jornais Valor Econômico, O Globo e a rádio CBN com o tema "Agenda Brasil, o cenário fiscal brasileiro", na manhã desta segunda-feira 9.

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"Eu penso que é um tema que ficará para o próximo mandato. Eu não estou vendo, primeiro, o governo tratar do assunto. Não se faz uma reforma da Previdência sem o Executivo tracionar ela. Então, não vejo como se discutir a reforma da Previdência nestes um ano e meio que faltam para a conclusão deste mandato", declarou o parlamentar.

Motta acrescentou: "Talvez seja uma agenda que o próximo presidente da República tenta que enfrentar, porque os gastos previdenciários têm crescido substantivamente."

Na ocasião, o presidente da Câmara também cobrou a disposição do governo e do Senado em defender a redução dos gastos primários, para que a tarefa não fique apenas com o Congresso Nacional. Ele mencionou como exemplo a tramitação do pacote fiscal, em que os senadores não mantiveram o que os deputados aprovaram em relação ao Benefício de Prestação Continuada (BPC).

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"Isso que aconteceu no BPC incomodou muito a Câmara. A Câmara aprovou o BPC, de certa forma teve um desgaste político para isso, porque as narrativas são criadas acerca dos temas que nós lá estamos votando, e o Senado acabou não conseguindo manter aquilo que votamos. E aí os deputados reclamaram bastante", disse ele.

Motta acrescentou: "É importante essa sintonia, porque não adianta só a Câmara se sacrificar, não adianta só a Câmara ir para o enfrentamento. Tem que haver também, do Senado e do governo, comprometimento com as pautas."




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