Política Titulo Após aprovação de abono
Prefeitura de Mauá mantém negociações com servidores

Sindicato diz que governo se comprometeu a incorporar benefício aos salários a partir de janeiro de 2026; administração municipal não confirma

Angelica Richter
06/06/2025 | 06:00
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FOTO: Celso Luiz/DGABC

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A Câmara de Mauá aprovou ontem, em segunda votação, abono salarial de R$ 1.350, divididos em nove parcelas, com início retroativo a abril, em meio a protestos dos servidores. Emenda ao projeto, pedido para postergação da análise e realização de votação nominal foram rejeitados pela maioria. O secretário de Governo, Hélcio Silva, disse que as negociações com a categoria continuam abertas em relação ao auxílio alimentação. 

Antes da votação, a pedido dos servidores foi realizada reunião entre a diretoria do Sindserv (Sindicato dos Servidores e Funcionários Públicos) Mauá, o secretário de Governo, os vereadores e representantes da categoria. O diretor de Comunicação do Sindserv, Lucas Miranda, afirmou ao Diário que a Prefeitura se comprometeu a incorporar o abono aos salários dos servidores a partir de janeiro de 2026. 

“Na reunião (de ontem), o governo manifestou as dificuldades financeiras do município. Entretanto, o secretário de Governo garantiu, na frente dos vereadores, que o valor será incorporado aos salários após dezembro, quando finaliza a última parcela do abono. Também conseguimos abrir discussão sobre o auxílio alimentação com a Prefeitura”, destacou Miranda. 

Questionada, a Prefeitura informou que a incorporação dos R$ 150 em 2026 e o reajuste do vale-alimentação seguem em discussão. Reclamação da maioria dos prefeitos, o governo municipal reafirmou que o repasse do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) — arrecadado pelo governo do Estado e transferido ao município — sofreu queda significativa e inesperada, o que tem impactado diretamente na capacidade de negociação. 

“Esse cenário reforça a preocupação da gestão municipal e sustenta a iniciativa do prefeito Marcelo Oliveira (PT) em pressionar pela tramitação da PEC 66/2023, que trata da criação de um teto para o pagamento de precatórios por parte dos municípios”, destacou a Prefeitura em nota, ao reiterar o compromisso com a responsabilidade fiscal e a valorização dos servidores.

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