Na semana passada, Diaz afirmou no Uruguai que sócios de Jango, Cláudio Braga e Ivo Magalhaes, furtaram documentos e açoes do ex-presidente depois de sua morte. Diaz sustentou que o ex-presidente foi assassinado por agentes a serviço da Operaçao Condor (movimento de intercâmbio dos governos ditatoriais da América Latina).
Para Joao Vicente, Diaz deu a entrevista para "aparecer". A suspeita de Joao Vicente sobre a condiçao de "agente duplo" de Diaz vem do fato de o empresário ter se aproximado de Jango quando lhe vendeu um terreno no Uruguai, em 1965, e ter, segundo o filho do ex-presidente, "acabado a amizade com uma traiçao", ao denunciar, em 1973, que o piloto de Jango, Ruben Rivero, seria membro do movimento Tupamaro (guerrilha uruguaia), o que nao se confirmou. Joao Vicente apresentou o nome de Rivero como possível testemunha do caso.
"Além disso, em contatos com meu pai, Diaz dava informaçoes muito precisas sobre as movimentaçoes dos governos latino-americanos", disse. Para o relator da comissao, deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), "nao há dúvidas" de que Diaz seria um "agente duplo". "Se ele tinha tantas informaçoes para fornecer a Jango, tinha de ter ligaçoes com os governos", afirmou o deputado. Segundo Miro, o depoimento de duas horas dado à comissao por Joao Vicente forneceu um mapa para nortear as investigaçoes.
Ele ainda analisou que as Forças Armadas brasileiras foram responsáveis pelo fornecimento de armas, caminhoes e treinamento de pessoal das Forças Armadas uruguaias, que deram o golpe militar em 1973 e disse que autoriza a exumaçao do corpo de seu pai, mas pede que os parlamnetares tenham cuidado com a idoneidade dos legistas que possam ser escolhidos.
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