Também está em estudos a idéia de um tratamento diferenciado ao longo do prazo de vigência de cada financiamento, uma espécie de premiação às empresas que cumprirem compromissos acordados, como geração de empregos e prazos de pagamento. Essas empresas poderiam ser beneficiadas com redução de taxas de juros nas diversas etapas do contrato de empréstimo.

Mas essa é uma medida ainda embrionária, algo semelhante ao que já é adotado em operações do BNDES-Exim, braço do banco voltado ao comércio exterior.

Medidas no sentido inverso, como punições extras para as empresas que não honrarem compromissos, não estão em pauta, segundo o diretor das áreas Industrial e de Crédito do banco, Fabio Erber.

“Os estímulos devem ser positivos e não negativos. Podemos fazer o mesmo que já fazemos no Exim: a empresa anuncia uma meta de incremento de exportação. Se ela atinge essa meta no prazo estipulado, a taxa de juros total cobrada é menor do que se ela não atinge a meta. Com isso, há um forte estímulo de crescimento”, diz o diretor.

Se for alcançado o limite mínimo de desembolso de R$ 15 bilhões para a indústria no ano que vem, isso irá representar um aumento de mais de 50% em relação às liberações para o setor neste ano. Considerando os dados de desembolso industrial do banco até outubro – última estatística operacional disponível – seria o crescimento de 70%.

Segundo Erber, os setores listados na última quarta-feira pelo ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, como prioritários na política industrial terão “tratamento preferencial nas novas políticas operacionais, que serão anunciadas até o fim do ano”. Os setores são o de software, fármacos e medicamentos, semicondutores e bens de capital.