Quarta, durante a sessão, Laurentino fugiu das perguntas sobre o tema, dizendo apenas que está fazendo “um levantamento” para assinar a autorização do aumento. “Só terei algo a dizer na semana que vem”, afirmou o presidente, que se limitou a falar por apenas um minuto com a reportagem, durante uma das suspensões dos trabalhos da sessão desta quarta.
Na Câmara, a reportagem do Diário apurou que Laurentino pediu um parecer sobre o reajuste para o jurista Diógenes Gasparini, especialista em direito administrativo. O trabalho foi pago pelos vereadores, a fim de que Laurentino tenha argumentos para enfrentar possíveis problemas com o Ministério Público da cidade. O promotor de Justiça, Fernando Belaz, tem série de contestações contra o Legislativo municipal; entre elas, destacam-se as que exigem a redução do número de assessores da Casa e o fim do jetom – pagamento de R$ 150 por sessão extra. “Ele está com medo de dar o aumento e o Ministério Público entrar de sola”, disse um funcionário da Casa, que não quis ser identificado.
Vereadores – Muitos vereadores fugiram também de comentar o tema aumento de salários. Apesar do discurso oficial de que o assunto de competência do presidente, alguns revelaram que contestam a atitude de Laurentino. “Se fosse eu, já teria dado. Não vejo o por que da demora”, disse um deles, ao término da sessão e fora das dependências da Câmara.
Na bancada de oposição, o vereador Aldo dos Santos disse que as questões deveriam ser feitas à bancada de sustentação do governo. “Tem de perguntar para eles.” O líder da bancada do PT na Câmara, Tião Mateus, disse que o fim do jetom deverá ser debatido junto com a decisão do aumento. “O jetom acabará aqui”, garantiu.
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