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Antraz: esporos podem ter contaminado 5 mil cartas nos EUA
Das Agências
13/05/2002 | 18:51
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Os seis envelopes com esporos de antraz enviados por correio nos últimos meses de 2001 nos Estados Unidos, que provocaram a morte de cinco pessoas, podem ter contaminado outras cinco mil cartas, segundo um estudo que será divulgado nesta terça-feira.

Seus autores, um matemático e um especialista em doenças infecciosas, calcularam, por simulação matemática, que o maior risco deste tipo de ataque estava na contaminação cruzada das cartas e o contato dos funcionários com o material.

No estudo, publicado na revista Proceedings, da Academia Nacional de Ciências, os pesquisadores avaliam que as pessoas mais idosas são as mais ameaçadas pelos ataques com a bactéria, devido à sua menor resistência imunológica.

Todas as infecções constatadas no outono podem ter sido provocadas por seis cartas contaminadas, de acordo com Glenn Webb, professor de Matemática em Vanderbilt University (Tennessee, sul) e Martin Blaser, professor e presidente do Departamento de Microbiologia na Escola de Medicina da New York University.

Para os autores, a distribuição generalizada de antibióticos nas pessoas que podem ter tido contato com alguma correspondência contaminada "evitou um número substancial de infecções". Os cientistas recomendam, inclusive, a vacinação de todos os funcionários dos correios contra o bacilo.

A partir de outubro de 2001 foram registrados 22 casos de infecção de antraz. Metade do grupo atingido foi por contaminação respiratória e a outra por contato cutâneo. Cinco das pessoas contaminadas por inalação morreram: um editor fotográfico na Flórida (Sudeste), dois funcionários dos correios e duas mulheres sem relação aparente com as cartas contaminadas.

"É surpreendente que apenas uma das vítimas seja a destinatária de uma carta com esporos", ressaltou Webb, acrescentando que "o maior perigo aconteceu com o pessoal dos correios e as pessoas que receberam cartas afetadas pela contaminação cruzada".




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