Esquadroes da morte de extrema direita mataram pelo menos 34 pessoas no norte da Colômbia sábado, elevando o saldo de mortos resultante de três dias de violência para mais de 80, informaram as autoridades. O pior incidente ocorreu em Playon de Orozco, uma vila remota na província de Magdalena, onde supostos membros das Forças Unidas de Auto-Defesa da Colômbia mataram 20 pessoas.

O chefe de polícia, coronel Octavio Grajales, citou uma autoridade religiosa, o reverendo Giovanni San Juan, como tendo afirmoado que a maior parte das vítimas participava de um batizado na igreja local quando foram seletivamente arrastados para fora pelos pistoleiros e mortos a tiros.

Quatorze outros pessoas foram mortas em San Pablo, uma cidade em uma área rural da província de Bolívar.

As vítimas, diversas delas mulheres, foram arrancadas de suas casas pouco depois do amanhecer e executadas nas ruas, informou a polícia.

Os policiais citaram testemunhas, que informaram que 40 homens fortemente armados que varreram a cidade eram todos supostos membros das Forças de Defesa, uma aliança militar de gangues paramilitares com estimados cinco mil homens em todo o país.

O grupo declarara um cessar-fogo de 18 dias em virtude dos feriados de Natal e Ano Novo. Mas o cessar-fogo terminou à meia- noite de quarta-feira, com os paramilitares matando pelo menos 48 pessoas em uma onda de violência na quinta e sexta-feiras nas províncias de Antioquia e Cesar, no norte do país.

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), a maior organizaçao rebelde do país, de orientaçao marxista, valeu-se do cessar-fogo empreendido pelos grupos paramilitaes para empreender um ataque a um bastiao do líder Carlos Castaño nas montanhas.Pelo menos 30 pessoas morreram no atqaue. Castanho, um fervoroso anticomunista, jurou vingança.