O Santo André que estréia na Série B do Campeonato Brasileiro contra o Paulista, vice-campeão estadual, sábado às 16h, no estádio Bruno Daniel, quer mais do que uma simples figuração. Manter a escala ascendente de 2003, quando ganhou a Copa São Paulo de Futebol Júnior, a Copa Estado e o acesso na Série C, é a prioridade natural com o olho no futuro. Afinal, se conseguir nova subida, o Santo André se juntará ao São Caetano na primeira divisão do Brasileiro. O que significaria a consolidação definitiva do futebol profissional do Grande ABC.

Os três primeiros jogos, pelo menos, serão simultâneos à participação do time nas oitavas-de-final da Copa do Brasil. O Santo André faz o jogo de volta com o Guarani dia 5 de maio, no Bruno Daniel, e um empate sem gols assegura a classificação. Na primeira partida, quarta-feira, em Campinas, houve empate por 1 a 1.

Porém, para se manter em alta nas duas competições, o Santo André ainda reforça um elenco que se reduziu após os jogos com o Atlético-MG. Até agora, foram contratados o lateral-direito Valdir (ex-Portuguesa Santista), o volante Dirceu (ex-Juventus), o meia Barbieri (ex-Cianorte-PR) e o atacante Osmar (ex-União São João). Eles ocupam os lugares que, até o começo do mês, pertenciam a Alexandre e Vander, hoje na Ponte Preta; Fumagalli, no Marília, e Edmilson, na Portuguesa. O lateral reserva Cláudio, que está na Portuguesa de Desportos, e o volante Cléber Gaúcho, que retornou ao Criciúma, também deixaram o clube do Grande ABC.

Os efeitos do título da Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2003 ainda se fazem valer no Santo André. O goleiro Júnior, o zagueiro Alex e o volante Dodô foram titulares na partida do meio de semana com o Guarani.

Fora de campo, os dirigentes acertaram a permanência do técnico Luiz Carlos Ferreira. Se continuar até o final da fase classificatória, que terá 23 rodadas, o treinador poderá repetir a trajetória de 2003, quando levou o Marília ao quadrangular decisivo da Série B nacional, vencida pelo Palmeiras, com o Botafogo como vice. Os dois grandes retornaram à primeira divisão.

Para subir, o Santo André precisará mesmo de um elenco que proporcione variadas opções. Afinal, se somente oito dos 24 times da primeira fase passam para a etapa seguinte, os seis piores caem para a Série C. Mas a ambição, naturalmente, é o acesso a um campeonato que o Santo André disputou pela única vez há 20 anos.