O governador do Acre, Jorge Viana (PT), disse nesta segunda-feira que a expulsão dos parlamentares radicais deve ser assimilada com naturalidade pela população e pelos militantes petistas. "Eu acho que o PT tem que resolver com naturalidade os seus problemas. Ser governo é difícil e as pessoas têm que compreender que, quando se está no poder, não se faz tudo que quer, mas sim o que é possível", disse durante solenidade que homenageou o líder seringueiro e ecologista Chico Mendes, assassinado em 1988.

Para justificar sua posição com relação à quase certa expulsão da senadora Heloísa Helena (AL) e dos deputados Babá (PA), Luciana Genro (RS) e João Fontes (SE), Viana declarou que é muito difícil ser governo, e que por isso o Partido dos Trabalhadores está se modernizando. "O PT mudou mesmo, mas mudou sem trocar de lado. E quem não mudar junto, vai ter que sair do partido. Não tem saída."

De acordo com informações da Agência Brasil, ele negou que o PT se tornou incoerente com o seu passado histórico ao assumir a Presidência da República. "Ao contrário. Ele apenas está sendo governo. A mudança é um processo de evolução, e quem não entender isto vai ter, sim, que mudar de partido. Eu adoro as pessoas que estão saindo do partido, mas a situação é incompatível. Se não, como é que fica? É cada um por si. Isso é Lei de Murici. Não dá certo em lugar nenhum", disse o governador do Acre.