O efeito cambial mascarou o que de fato ocorreu com a dívida do Tesouro: em março, ao contrário do ocorrido em janeiro e fevereiro, houve emissao líquida de dívida. "Consideramos que há excesso de liquidez no mercado, por isso emitimos liquidamente", comentou o secretário do Tesouro Nacional, Eduardo Guimaraes.
O saldo da dívida interna mobiliária em poder do público saiu de R$ 234,421 bilhoes em fevereiro para R$ 239,455 bilhoes, o que representou um aumento de R$ 5,034 bilhoes. "Isso reflete a entrada da nossa atuaçao no espaço dado pelo Banco Central", disse Guimaraes. Desde março, papéis do BC estao sendo trocados por títulos do Tesouro, nos leiloes de quinta-feira. O crescimento deveu-se, basicamente, à emissao de Notas do Tesouro Nacional (NTN) série S, que totalizaram R$ 22,8 bilhoes e substituíram os papéis do BC. Por outro lado, houve cancelamentos de títulos no valor de R$ 4,020 bilhoes e resgates no valor de R$ 23,001 bilhoes.
Também por causa da queda na cotaçao do dólar, o custo médio anual dos títulos da dívida pública mobiliária federal interna foi negativo em 11,64%. Porém, excetuando-se os papéis corrigidos pela variaçao do dólar, o custo médio foi de 42,42% nos títulos vendidos por meio de leilao. O prazo médio dos papéis do Tesouro passou de 9,73 meses, em fevereiro, para 10,16 meses, em março.
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