"Queria enfatizar que jamais comparei Arafat com Hitler", afirmou em um desmentido difundido pelo gabinete governamental. O primeiro-ministro também disse que estava surpreso com a interpretação dada pelos meios de comunicação israelenses a algumas das idéias que expressou durante sua estada em Israel.

Segundo o jornal Haaretz, o primeiro-ministro checo teria comparado Arafat com o dirigente nazista. "Não me cabe julgar Arafat, mas qualquer pessoa que apoie o terrorismo, que o considere um meio legítimo, o utilize e mate pessoas inocentes é, a meu ver, um terrorista".

“Em sua época, Hitler era o maior terrorista do mundo e não se tentava negociar com ele, assim como hoje não se deveria negociar com os terroristas", teria dito Zeman ao jornal israelense.

Reação – Apesar do desmentido, o secretário geral da Liga Árabe, Amr Mussa, denunciou nesta terça-feira as afirmações de Zeman, acusando-o de ter "superado os limites do razoável e do aceitável".

O Egito chegou a pedir o adiamento da visita de Zemam ao Cairo. "Devido a nossos compromissos, pedimos ao primeiro-ministro tcheco que adie sua visita ao Egito", declarou o ministro egípcio das Relações Exteriores, Ahmed Maher.

Entretanto, um dirigente do ministério, que pediu para não ter o nome divulgado, precisou que havia pedido o adiamento da visita prevista para 28 de fevereiro em protesto contra as declarações a respeito de Arafat.