O exército de Chade afirmou nesta segunda-feira ter expulsado os rebeldes da capital N'Djamena, que prometeram retomar a ofensiva para destituir o presidente Idriss Deby.

"O inimigo (está) em completa debandada", afirmou o general Mahamat Ali Abdullah, ministro de Minas e comandante das operações de defesa frente aos insurgentes.

"O objetivo (dos rebeldes) era unicamente a destruição da cidade e eles se retiram porque não lhes resta outra opção", declarou Abdullah. "O tempo mostrará que estão derrotados", acrescentou.

Os rebeldes reconheceram terem se retirado, mas negaram uma derrota. "Nos retiramos da cidade, mas permaneceremos nos arredores”, declarou nesta segunda-feira o porta-voz, Abderamán Kulamalá.

"Certamente voltaremos a passar à ofensiva, pedimos à população civil de N'Djamena que saia imediatamente porque sua segurança não está garantida", acrescentou Kulamalá.

Esta é a maior ofensiva sofrida pelo presidente Deby desde sua chegada ao poder em 1990. O Chade acusa o Sudão, padrinho tradicional dos rebeldes chadianos nos últimos anos, de ser o instigador desta nova ofensiva.

O secretário-geral de Nações Unidas, Ban Ki-moon, se disse "profundamente alarmado" pela situação no Chade e pediu um cessar-fogo entre o governo e as forças rebeldes.