De acordo com as projeções do governo federal, o novo mínimo saltaria dos atuais R$ 260 para R$ 281,30 – um reajuste de aproximadamente 8%. Para alcançar esse valor, o governo utilizou como base o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), responsável pela correção anual do valor do salário mínimo, e o dispositivo da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), que obriga a concessão de um aumento real equivalente à elevação do PIB (Produto Interno Bruto) per capita.

O líder do PSB na Câmara, deputado Renato Casagrande (ES), reconheceu que o salário mínimo pode sofrer um aumento ainda maior do que o preestabelecido pelo governo. No entanto, ele reconhece que algumas variáveis devem ser levadas em conta. "Naturalmente, o governo e o Congresso estarão trabalhando para, dentro das condições fiscais do Brasil, ser dado o melhor aumento para os trabalhadores. A orientação básica é que o salário mínimo tenha um ganho real, mas isso pode ser alterado caso o Governo tenha condições fiscais", avaliou Casagrande.

Já para o senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), que foi relator da LDO, o novo mínimo terá um reajuste garantido de 8%. "Nós esperamos que, até lá, seja possível ver a majoração desse salário mínimo, pois o R$ 281 foi visto pelo Congresso como uma base, como um piso para o valor de 2005", declarou o senador, segundo informações da Agência Câmara.