Economia Titulo Setor empresarial
Sobem 11,7% vendas
de microempresa

Pesquisa aponta alta no faturamento na região no
quadrimestre frente a igual período do ano passado

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
20/06/2012 | 07:15
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As MPEs (Micro e Pequenas Empresas) do Grande ABC ainda apresentam, de forma geral, faturamento maior que no início de 2011. No primeiro quadrimestre, as vendas das MPEs da região estão 11,7% mais altas frente ao mesmo período do ano passado, segundo dados de estudo do Sebrae-SP em parceria com a Fundação Seade. O desempenho é melhor do que o observado em todo o Estado, onde se verifica crescimento de 8,5%.

Os dados refletem a manutenção dos níveis de emprego e de renda e, no caso dos sete municípios, a base fraca de comparação. "O ano de 2011 foi relativamente fraco para a região, com quedas sucessivas de faturamento real, de março a outubro de 2011. Isso se deveu ao baixo desempenho da indústria", afirma o economista do Sebrae Pedro Gonçalves.

No entanto, se frente a 2011 os números são favoráveis, no desempenho mensal há retração, tanto no Estado (1,9%) quanto no Grande ABC (5,2%). A região enfrenta a segunda queda seguida. Em março, ante fevereiro, houve redução de 3,1%. Gonçalves ressalta que, no mês a mês, está presente o efeito calendário (ou seja, as características sazonais do período, como as datas festivas). Além disso, março teve dois dias úteis a mais.

Entre os segmentos, o que puxou para baixo o indicador mensal foram os pequenos estabelecimentos comerciais (com queda de 5,5%). Ramos de serviços ficaram praticamente estáveis (0,2%) e a indústria, por sua vez, impediu queda mais significativa, ao registrar alta de 5%.

Em todo o Estado, o setor industrial se destacou também por ter apresentado, em abril, a primeira variação positiva (6,6%) frente ao mesmo mês de 2011.

PERSPECTIVAS

O micro e pequeno empresário demonstra relativo otimismo para o fim de ano. Outro levantamento do Sebrae-SP aponta que a maioria dos entrevistados (52%) projetou, em maio, manutenção do atual nível de faturamento para os próximos seis meses, enquanto 33% preveem crescimento, apenas 5% esperam queda e outros 10% não sabem.

Na pesquisa anterior, os que apostavam que as vendas se manteriam eram 50% e os que contavam com expansão também eram 33%.

Segundo Gonçalves, os dados apontam que há certa confiança, mas há alguns fatores de incerteza, entre os quais o cenário externo sujeito a oscilações e o crescimento mais lento da economia neste ano.




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