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Professores da região aderem à greve do Sesi em todo Estado

Paralisação iniciada ontem, com 70% de adesão no Grande ABC, pede reajuste salarial

Tatiane Pamboukian
01/04/2025 | 07:00
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Os professores do Sesi (Serviço Social da Indústria) de São Paulo iniciaram uma greve nesta segunda-feira (31). Cerca de 70% dos profissionais das sete unidades no Grande ABC aderiram à mobilização, que pede valorização dos docentes e reajuste salarial com ganho real de acordo com a demanda de trabalho nas escolas da rede. 

Na região, que possui quatro unidades do Sesi em Santo André, uma em São Bernardo e São Caetano, 60% das aulas foram paralisadas, segundo a presidente do Sinpro ABC (Sindicato dos Professores do Grande ABC), Edilene Arjoni. O Grande ABC também possui uma unidade do Sesi em Diadema, que não aderiu à mobilização.

“Foi o primeiro dia de greve e, como em qualquer processo assim, a adesão vai se fortalecendo. Temos professores e professoras paralisados em todas as grandes unidades do Sesi e em todo estado de São Paulo. Todo o rito de greve, da lei de greve, foi devidamente cumprido. Em assembleia estadual remota, que ocorreu na noite de ontem para avaliação do movimento em todo o Estado, foi decidido manter a greve hoje, quando teremos ao fim da tarde, às 18h, outra assembleia para nova avaliação”, conta Edilene.

Escolas de outras regiões do Estado também pararam, sob a coordenação de outros sindicatos integrantes da Fepesp (Federação dos Professores do Estado de São Paulo). Na Capital paulista, o movimento é organizado pelo SinproSP (Sindicato dos Professores de São Paulo). São, pelo menos, 4 mil docentes em todo o Estado, de acordo com informações do SinproSP.

O presidente do SinproSP e da Fepesp, Celso Napolitano, avaliou o primeiro o início da greve: “É uma paralisação histórica a favor dos direitos da categoria e das nossas reivindicações. Convidamos todos os docentes a engrossar este movimento, que representa uma aula de civilidade.”

A greve foi aprovada por maioria ampla em assembleia estadual, em 22 de março, e confirmada no dia 29. Já houve, desde novembro de 2024, onze rodadas de negociação para definição da Campanha Salarial. 

Questionado pelo Diário, o Sesi disse que as atividades nas escolas ocorreram normalmente e explicou como estão sendo as tentativas de acordo. “Nas negociações deste ano do acordo coletivo de trabalho, a proposta econômica do Sesi-SP para os professores contempla a correção integral dos vencimentos pelo INPC dos últimos doze meses mais um ganho real de 0,33%, totalizando um aumento de 5,20% sobre os salários. Nos demais pontos, o Sesi-SP não só manteve as cláusulas dos acordos anteriores, como ampliou diversos benefícios”, informou. 

A categoria propôs 2,5% e não aceitou a contraproposta de 0,33%.




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