Os Estados Unidos receberam nesta segunda-feira do governo paquistanês a custódia do iemenita Ramzi Binalshib, apontado como líder da rede terrorista Al Qaeda e articulador dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001. Binalshib e outros suspeitos de ligação com o terror foram deslocados do Paquistão e enviados pelos EUA a lugar desconhecido. Todos serão interrogados pelas autoridades americanas no âmbito das investigações do 11/9.

Ramzi Binalshibh e pelo menos quatro outros supostos terroristas foram presos pelas autoridades paquistanesas na quarta-feira passada, aniversário de um ano dos ataques de 11/9. Os suspeitos foram detidos após um longo tiroteio com a polícia em Karachi. Segundo o ministro paquistanês do Interior, Moinhuddin Haider, 12 outros iemenitas presos junto com Ramzi são apenas "guarda-costas", sem ligações diretas com o terrorismo.

O iemenita é apontado como um dos articuladores da célula alemã da rede Al Qaeda. Ramzi Binalshibh teria morado em Hamburgo e seria ligado a Mohammed Atta, um dos chefes dos seqüestradores que tomaram os aviões americanos em 11 de setembro.

A prisão de Ramzi Binalshibh é o maior golpe contra supostos líderes da Al Qaeda desde março, quando foi detido Abu Zubeida, um dos lugares-tenentes de Osama Bin Laden. Zubeida também está sob custódia dos EUA, em local desconhecido.

Juntamente com a detenção Binalshibh, os EUA conseguiram desarticular a chamada 'célula adormecida da Al Qaeda', lotada em Nova York. "Um por um, estamos capturando os assassinos. Estamos determinados, somos fortes e não nos deteremos", declarou no sábado o presidente americano, George W. Bush.