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Hugo defende pênalti, Timão segura Verdão e leva o Paulista

Goleiro desvia cobrança de Raphael Veiga, corintianos resistem à pressão do Palmeiras após expulsão de Torres e voltam ao pódio após seis anos

da Redação
28/03/2025 | 00:31
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Alexandre Battibugli/Ag. Paulistão



O Corinthians é o grande campeão do Paulistão 2025. Após vencer o Palmeiras por 1 a 0 no Allianz Parque na partida de ida, o time empatou sem gols com o rival ontem e voltou a erguer um troféu após seis anos, em noite de público recorde na Neo Química Arena. Jogando com um a menos por quase 30 minutos, o Timão viu o goleiro Hugo Souza sair como herói ao defender pênalti de Raphael Veiga.

Com a taça conquistada em casa, o Corinthians chega ao 31º título de sua história e amplia vantagem como o maior campeão estadual. O Palmeiras, por sua vez, perde a chance de conquistar o tetracampeonato consecutivo.

A torcida corintiana fez grande festa antes de a bola rolar e, apesar de o time ter a vantagem do empate, ficou difícil não ir para cima do Palmeiras. Trabalhando bem a bola desde a defesa, os donos da casa buscaram ocupar o lado esquerdo do ataque e dificultar a articulação de jogadas do rival com marcação cerrada no meio-campo. O clássico foi quente desde os primeiros minutos, com divididas fortes e discussões entre os atletas.

Com pouco espaço para trocar passes, o Palmeiras foi obrigado a apostar em lançamentos longos para a correria de Vitor Roque, solução pouco eficaz diante da imposição física dos zagueiros Gustavo Henrique e Félix Torres. Carrillo, que esteve em campo com a seleção do Peru nas Eliminatórias, até poderia estar cansado, mas demonstrou disposição para caçar os adversários e levar o time a frente.

O técnico Abel Ferreira optou por escalar Aníbal Moreno na vaga de Richard Ríos, mas o argentino, assim como Emiliano Martínez, acabou ficando mais restrito à marcação, encostando pouco em Raphael Veiga para ajudar na criação. Estêvão até tentou se deslocar ao meio para tentar dar alguma dinâmica para o time mas sem eficácia.

Marcando muito forte, sem hesitar em fazer faltas quando necessário, o Corinthians teve a melhor chance da etapa inicial. Rodrigo Garro acertou a trave em chute da entrada da após Memphis Depay se desvencilhar de dois marcadores com habilidade.

Sem condições de negociar o empate, o Palmeiras voltou para o segundo tempo sem alterações, mas adotou estratégia diferente, adiantando bastante a linha de defesa. A mudança tática colocou a equipe no campo adversário. Por outro lado, ficou a mercê dos contragolpes do Corinthians.

O time alvinegro foi empurrado para a defesa, e até teve relativa dificuldade para neutralizar as chegadas do rival pelos lados. Contudo, manteve a solidez no miolo de zaga, dando pouquíssimas chances ao Palmeiras de finalizar contra a meta corintiana.

Aos 23 minutos, Vitor Roque finalmente recebeu bola em infiltração, e sofreu falta por trás de Félix Torres na entrada da área. O árbitro Matheus Delgado Candançan, de 26 anos, marcou pênalti, gerando revolta das equipes. O Palmeiras queria o segundo amarelo para o zagueiro, enquanto os corintianos pediam a revisão no VAR porque a falta supostamente teria sido fora da área. Após cinco minutos de paralisação, e com Abel Ferreira expulso, Raphael Veiga foi para a batida e Hugo Souza voou no canto direito para evitar o gol palmeirense. A defesa incendiou a torcida na Neo Química Arena.

Minutos depois após o pênalti, aos 35, a partida novamente ficou tensa após Félix Torres levar o segundo amarelo e ser expulso. O lance mudou totalmente a configuração da partida, e o Corinthians se limitou a ficar na defesa. Nos minutos finais, o time alvinegro buscou gastar tempo próximo à linha de fundo e o tempo fechou depois de Depay fazer uma graça e receber falta.

O jogo foi paralisado e a torcida aproveitou para fazer festa com fogos e sinalizadores. Após revisão no VAR, José Martínez e Marcelo Lomba, ambos fora do jogo no momento, foram expulsos. O árbitro, que já tinha dado sete de acréscimos, deu mais dez minutos.

Na sequência, Yuri Alberto por pouco não abriu o placar após contra-ataque, com Weverton fazendo defesa à queima-roupa. O Palmeiras praticamente não teve chance de tentar algo por causa do excesso de fumaça causado pela pirotecnia. Aos 63 minutos do segundo tempo , o árbitro encerrou a partida, e os torcedores, enfim, puderam gritar ‘é campeão’. 




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