No Grande ABC é estimado que 1,4 milhão de moradores foram alvos de fraudes no ano passado
Metade dos brasileiros caíram algum tipo de fraude no ano passado, segundo o Relatório de Identidade e Fraude apresentado pela Serasa Experian. Na região Sudeste esse percentual chega a 52%. Se a mesma proporção for transportada para o Grande ABC, é possível estimar que 1,40 milhão de pessoas se tornaram alvo de golpistas.
Dentre as vítimas, 54,2% tiveram prejuízo financeiro. Os homens se mostraram mais propensos a cair nas tramoias do que as mulheres e a população acima de 50 anos foi a que mais sofreu. Principalmente com o uso indevido de cartão de crédito, responsável pelo maior número de fraudes (confira os dados na arte).
A pesquisa identificou que a tecnologia é usada tanto para oferecer mais segurança em transações quanto para deixar as fraudes mais sofisticadas. Por um lado, o uso da biometria facial como método de autenticação cresceu de 59% para 67% de 2023 para 2024. Entre os entrevistados, 71,8% afirmam se sentir mais protegidos ao utilizá-la.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Por outro lado, os pesquisadores identificaram o uso de IA (Inteligência Artificial) generativa “para a criação de perfis falsos altamente realistas, projetados para burlar verificações de identidade com dados sintéticos, além de tornar os ataques de phishing mais sofisticados, com links e mensagens fraudulentas que imitam comunicações legítimas”.
Uma ferramenta cada vez mais usada pelos criminosos são as chamadas deepfakes – imagens criadas com o uso de tecnologias de IA que permitem a sobreposição de rostos e vozes em vídeos, com o intuito de criar imagens falsas de pessoas em vídeos.
Para o diretor de Autenticação e Prevenção da Serasa Experian, Caio Rocha, é importante que as empresas aprimorem constantemente tecnologias de prevenção à fraude, “combinando diferentes tecnologias para reforçar a segurança e fortalecer a confiança nos serviços digitais em toda a jornada do consumidor”, afirma.
PROTEÇÃO DE DADOS
De acordo com o levantamento da Serasa, o extravio de dados é uma das formas de se iniciar fraudes. Em 2024, 16,3% dos entrevistados informaram terem os documentos roubados ou perdidos.
A pesquisa identificou ainda que 19% dos entrevistados admitiram já ter compartilhado os dados pessoais com terceiros, “expondo-se a riscos ainda maiores”. As razões para o compartilhamento de dados mais citadas foram compras on-line (73,7%), abertura de contas bancárias (20,4%) e obtenção de empréstimos (15,2%).
O estudo constatou que, apesar de ser o meio em que mais fraudes são cometidas, o cartão de crédito é o método de pagamento considerado mais seguro pelos entrevistados (59,5%), superando a marca de 2023 (46,3%). Sem seguida vem o Pix, com 22%. Em 2023, eram 32% os que acreditavam no sistema de pagamento eletrônico.
Há pouco mais de um mês, o Ministério da Justiça e Segurança Pública e a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) lançaram a Aliança Nacional de Combate a Fraudes Bancárias e Digitais. A iniciativa pretende atuar tanto na prevenção quanto na repressão de golpes e crimes on-line. (com ABr)
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