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Dólar fecha em alta de 1,80%; Bovespa cai 3,46%
Do Diário OnLine
16/09/2002 | 17:43
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O dólar comercial fechou o pregão desta segunda-feira em alta de 1,80%, cotado a R$ 3,213 para compra e R$ 3,217 para venda. Segundo operadores, em um dia de poucas notícias, rumores eleitorais e a expectativa quanto à próxima reunião do Comitê de Política Econômica do Banco Central tomaram conta das mesas de câmbio. Na Bolsa de Valores de São Paulo, que encerrou o pregão em forte queda de 3,46%, o dia foi marcado pelo baixo volume de negócios.

Desde o início do pregão a moeda norte-americana foi negociada em alta à espera do resultado da reunião do Banco Central, que acontece na próxima quarta-feira e definirá o rumo da taxa básica de juros. Atualmente, ela está em 18% ao ano, e a grande aposta do mercado é na manutenção da Selic.

À tarde, tomou força entre operadores e investidores rumores de que a próxima pesquisa Ibope, que deve ser divulgada nesta terça-feira, apontará uma arrancada do candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, e uma estagnação dos demais presidenciáveis na corrida à sucessão de Fernando Henrique Cardoso. O ‘preferido’ do mercado por representar a continuidade do atual modelo econômico, José Serra (PSDB), teria parado de subir nas pesquisas, o que traz pessimismo.

Outro fato que ainda causa preocupação no mercado é a possibilidade de os Estados Unidos promoverem uma ação militar contra o Iraque, o que elevaria o preço do petróleo e poderia deixar a economia mundial em profunda recessão. A região onde o Iraque está localizado, o Golfo Pérsico, concentra alguns dos maiores produtores e exportadores mundiais do produto.

Para conter o clima de preocupação, que acaba sendo influenciado nas cotações da moeda, o Banco Central realizou uma operação de venda de LTN (Letras do Tesouro Nacional) no valor de R$ 1,9 bilhão. Além disso, US$ 16 milhões foram vendidos em um leilão de linhas à exportação de um total de US$ 30 milhões ofertados.

Bovespa — Com um volume de negócios bastante reduzido, a Bolsa de Valores de São Paulo fechou em baixa de 3,46%, maior queda verificada desde o dia 6 de agosto. O volume financeiro foi de R$ 325 milhões, o equivalente a menos da metade do que vinha sendo registrado. A média do mês passado, por exemplo, foi de US$ 633 milhões.

A falta de negócios deve-se principalmente às incertezas políticas. Operadores acreditam que, até o resultado das eleições, a Bovespa operará no mesmo ritmo. Além disso, o feriado judaico do Dia do Perdão, comemorado nesta segunda, reduziu o volume de negócios em Wall Street, o que também refletiu no mercado brasileiro.




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