A Ecovias Imigrantes, responsável pelo SAI (Sistema Anchieta-Imigrantes), fechou 2024 com lucro líquido de R$ 553,9 milhões. O resultado é 4,52% superior aos R$ 529,9 milhões apurados no ano anterior. Os dados estão no balanço publicado pela concessionária no Diário.

O ativo circulante da empresa subiu de R$ 242,98 milhões em 2023 para R$ 792,07 milhões no ano passado. Enquanto isso, na direção contrária, o passivo circulante caiu de R$ 1,612 bilhão para R$ 1,1 bilhão. “Ela (Ecovias) não vai ter problema em pagar as suas contas. Está em uma situação bem melhor do que o ano anterior”, afirma ao Diário Hélio Alves da Silva, gestor do curso de Ciências Contábeis da USCS (Universidade Municipal de São Caetano).

Segundo o professor, a empresa fechou o ano passado em uma condição melhor de caixa e de contas a pagar que no anterior, com R$ 400 milhões no caixa e R$ 250 milhões em aplicações de clientes. “O que significa que a situação financeira em uma primeira visão melhorou”, ilustra Silva.

Os investimentos em estrutura mostraram constância nos dois anos. “A empresa tem um bom volume de caixa”, avalia o professor. 

Ele destaca ainda o avanço da receita líquida, que passou de R$ 1.730.497 (2023) para R$ 1.807.565 (2024), enquanto os custos tiveram alta menor, indo de R$ 660,8 milhões para R$ 995,8 milhões. “A rentabilidade melhorou com relação ao custo que a Ecovias tem para prestar serviço e o dinheiro livre de impostos que recebe. Assim, em termos de operação, a empresa está melhor”, compara Silva.

Na análise geral do balanço, o professor destaca que a Ecovias demonstrou ser uma empresa “com bastante estabilidade e com uma atividade rentável”.

O resultado ganha ainda mais destaque se for levado em conta que 2024 foi um ano em que ocorreram poucos feriados prolongados, períodos em que os motoristas pegam a estrada rumo ao Litoral Paulista, o que eleva o faturamento dos pedágios espalhados ao longo do Sistema Anchieta-Imigrantes. 

GERAL

O Grupo EcoRodovias registrou lucro líquido recorrente de R$ 206,9 milhões no quarto trimestre de 2024, queda de 33,3% ante igual intervalo de 2023. Segundo a companhia, o recuo reflete, principalmente, o resultado financeiro, em razão do incremento da taxa de juros.

O Ebitda ajustado da EcoRodovias cresceu 12,3% na comparação anual, somando R$ 1,2 bilhão. O aumento deve-se ao crescimento do tráfego de veículos, reajustes das tarifas de pedágio e início da arrecadação de pedágio pela EcoRioMinas e EcoNoroeste, segundo o release de resultados.

No consolidado de 2024, o lucro líquido da EcoRodovias somou R$ 981,5 milhões, 26,3% acima de 2023. Já o Ebitda ajustado subiu 21,6%, para R$ 4,697 bilhões, com margem de 72,9%, avanço de 1,2 ponto porcentual. A receita líquida somou R$ 6,439 bilhões entre janeiro e dezembro de 2024. A cifra é 19,4% maior do que a reportada no ano anterior. (com Estadão Conteúdo)