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Seqüestrador ameaça explodir ônibus no RS
Roberta Pavon
Do Diário OnLine
04/01/2002 | 22:01
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Um assaltante mantém desde as 9h da manhã cerca de seis passageiros como reféns em um microônibus na avenida Osvaldo Aranha, no bairro Bonfim, próximo ao Centro de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. A situação é muito tensa no local. No início da manhã eram nove reféns, mas três deles foram liberados, em troca de água. Apesar disso, o número certo de vítimas não foi confirmado pela Brigada Militar, porque as cortinas do veículo estão fechadas.

De acordo com o comandante do policiamento de Porto Alegre, o seqüestrador ameaça explodir o ônibus com uma suposta bomba que está amarrada ao seu corpo caso suas reivindicações não sejam atendidas. A tática usada pela polícia é a do cansaço.

O bandido, identificado como Paulo Ricardo da Silva, 30 anos, exige receber em dinheiro R$ 500 mil e um helicóptero para libertar todos os reféns. Apesar disso, a polícia informou que não vai ceder ao apelo do seqüestrador, já que o local não é apropriado para o pouso.

O governo do Estado está oferecendo uma bolsa alimentação à família de Ricardo, mas ele insiste em receber um helicóptero.

Por volta das 12h10 o bandido libertou Ana Luísa Pires, 65 anos, que saiu caminhando e não aparentava nervosismo. Ela sofre de pressão alta e foi encaminhada para um Pronto-Socorro. A idosa foi solta em troca de dois pneus para o microônibus.

A outra refém libertada foi Neli Leão Pesim, 70 anos. Ela foi solta em troca de um copo de água. A terceira refém, que ainda não teve o nome divulgado, foi libertada às 21h40 também em troca de água. Ela foi conduzida no colo e levada para o Pronto-Socorro. A refém confirmou que Ricardo está com uma bomba.

Em entrevista a um repórter do jornal Zero Hora, o seqüestrador afirma que realiza o assalto porque está desempregado e tem dois filhos. “Eu sei que R$ 500 mil é pouco para eles, uma mixaria, por que eles não querem negociar?”, pergunta o assaltante. Ricardo se comunica por meio de um telefone celular cedido pela Brigada Militar.

Uma testemunha teria visto o bandido rendendo o motorista Cláudio da Silva Costa e avisou para os policiais, que começaram uma perseguição.

Policiais conseguiram bloquear o veículo e furaram seus pneus, com facadas e tiros, para evitar uma fuga em alta velocidade. O microônibus está totalmente cercado, inclusive por atiradores de elite. Duas ambulâncias também estão no local.

Além do dinheiro e do helicóptero, ele pede uma câmera de vídeo, mais uma arma e a presença de um advogado.

Outros dois reféns foram identificados como Luís Carlos Guimarães, 48 anos, gerente da Caixa Econômica Federal, e Maria Clara Pinheiro, 38 anos, contadora. Além dos dois homens, outras quatro mulheres estão dentro do microônibus.




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