De acordo com o comandante do policiamento de Porto Alegre, o seqüestrador ameaça explodir o ônibus com uma suposta bomba que está amarrada ao seu corpo caso suas reivindicações não sejam atendidas. A tática usada pela polícia é a do cansaço.
O bandido, identificado como Paulo Ricardo da Silva, 30 anos, exige receber em dinheiro R$ 500 mil e um helicóptero para libertar todos os reféns. Apesar disso, a polícia informou que não vai ceder ao apelo do seqüestrador, já que o local não é apropriado para o pouso.
O governo do Estado está oferecendo uma bolsa alimentação à família de Ricardo, mas ele insiste em receber um helicóptero.
Por volta das 12h10 o bandido libertou Ana Luísa Pires, 65 anos, que saiu caminhando e não aparentava nervosismo. Ela sofre de pressão alta e foi encaminhada para um Pronto-Socorro. A idosa foi solta em troca de dois pneus para o microônibus.
A outra refém libertada foi Neli Leão Pesim, 70 anos. Ela foi solta em troca de um copo de água. A terceira refém, que ainda não teve o nome divulgado, foi libertada às 21h40 também em troca de água. Ela foi conduzida no colo e levada para o Pronto-Socorro. A refém confirmou que Ricardo está com uma bomba.
Em entrevista a um repórter do jornal Zero Hora, o seqüestrador afirma que realiza o assalto porque está desempregado e tem dois filhos. “Eu sei que R$ 500 mil é pouco para eles, uma mixaria, por que eles não querem negociar?”, pergunta o assaltante. Ricardo se comunica por meio de um telefone celular cedido pela Brigada Militar.
Uma testemunha teria visto o bandido rendendo o motorista Cláudio da Silva Costa e avisou para os policiais, que começaram uma perseguição.
Policiais conseguiram bloquear o veículo e furaram seus pneus, com facadas e tiros, para evitar uma fuga em alta velocidade. O microônibus está totalmente cercado, inclusive por atiradores de elite. Duas ambulâncias também estão no local.
Além do dinheiro e do helicóptero, ele pede uma câmera de vídeo, mais uma arma e a presença de um advogado.
Outros dois reféns foram identificados como Luís Carlos Guimarães, 48 anos, gerente da Caixa Econômica Federal, e Maria Clara Pinheiro, 38 anos, contadora. Além dos dois homens, outras quatro mulheres estão dentro do microônibus.
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